Japoneses querem fechar base americana em Okinawa
O primeiro-ministro do Japão, Yukio Hatoyama, afirmou hoje que vai buscar relações mais iguais com os Estados Unidos em 2010. Este é o ano do 50º aniversário de um tratado militar entre os dois países que concede privilégios especiais a tropas norte-americanas estacionadas no arquipélago japonês.
Hatoyama disse, em discurso de ano-novo, esperar que a aliança com os EUA fique mais aberta e sincera. Segundo ele, é importante "que ambos os lados digam o que é importante ser dito e que melhorem a relação de confiança".
Atualmente, 47 mil soldados norte-americanos estão estacionados no Japão. Sob o pacto de segurança assinado em 1960, as forças armadas dos EUA têm permissão para usar instalações e terras japonesas. Os EUA são obrigados, pelo tratado, a proteger o Japão de qualquer ataque.
Mais da metade das tropas ficam na ilha de Okinawa, onde muitos moradores reclamam do barulho, da poluição e de crimes ligados à base militar.
As relações entre os EUA e o Japão esfriaram em setembro do ano passado por causa da realocação do aeroporto militar de Futenma, usado pelos fuzileiros navais dos EUA na ilha de Okinawa, como parte de um acordo negociado entre os dois países em 2006.
O plano prevê a transferência de 8 mil fuzileiros navais para a ilha de Guam, território norte-americano no Pacífico, e a realocação do aeroporto na parte norte da ilha. Os moradores de Okinawa são contra a remoção e querem o fechamento do aeroporto e também da base militar.
Hatoyama adiou uma decisão final sobre a questão e disse que está pronto a considerar outros usos para a base de Okinawa. Uma líder política de um partido menor na coalizão de governo de Hatoyama disse que a base de Okinawa precisa ser fechada. A Embaixada dos EUA no Japão não quis comentar o discurso de Hatoyama.
Fonte: AE
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