Alemanha segue exemplo anglo- americano e fecha embaixada
A Alemanha fechou nesta segunda-feira a seção consular, de atendimento ao público, da sua embaixada em Sanna, no Iêmen, por motivos de segurança. Ontem (3), os Estados Unidos e o Reino Unido já tinham fechado as suas embaixadas no país. Em nota, os EUA atribuíram o fechamento a ameaças da rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden.
De acordo com o jornal "El Mundo", a embaixada espanhola em Sanaa também ficará fechada nesta segunda-feira. A informação, porém, ainda não foi confirmada. Ontem, essa embaixada restringiu o acesso ao seu prédio, mas manteve seu funcionamento normal.
Um diplomata americano que pediu sigilo de identidade afirmou à agência de notícias Reuters que a embaixada continuará fechada nesta segunda-feira para a "revisão de segurança" que foi iniciada ontem. O Reino Unido, mais uma vez, citou problemas de segurança, porém não os relacionou diretamente à rede terrorista.
O braço da Al Qaeda no Iêmen recebe especial atenção dos EUA desde o último dia 25, dia de Natal, quando o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, 23, que estava no Iêmen, foi para Amsterdã, na Holanda, onde conseguiu embarcar, com explosivos, em um voo com destino a Detroit (EUA). Enquanto tentava acionar os explosivos, o nigeriano acabou contido por outros passageiros, o que impediu que ele explodisse a aeronave, que levava cerca de 300 pessoas.
Em interrogatório, o nigeriano disse que havia recebido as instruções para o ataque frustrado no Iêmen. No sábado (2), o presidente americano, Barack Obama, confirmou que a Al Qaeda do Iêmen estava por trás da ação.
"Segundo certos indicativos, a Al Qaeda prepara um atentado contra um alvo em Sanaa, que pode ser nossa embaixada", afirmou John Brennan, o conselheiro do governo Obama para o antiterrorismo, ontem, em entrevista à TV CNN.
Um empregado iemenita da missão americana que não quis revelar sua identidade disse à agência de notícias Efe que a embaixada pediu para que os funcionários ficassem em casa pelo segundo dia consecutivo.
No último dia 31, Washington alertou seus cidadãos sobre uma contínua ameaça de ataques no Iêmen. "A embaixada dos EUA lembra seus cidadãos que devem manter um alto nível de alerta e que devem pôr em prática medidas de segurança", dizia o texto divulgado ontem no site da embaixada americana em Sanaa.
Nos últimos dias, o governo iemenita enviou centenas de militares extras pra duas Províncias montanhosas do leste do país consideradas bastiões da rede terrorista Al Qaeda e nas quais o nigeriano responsável pelo ataque ao avião teria estado. Um outro reforço foi anunciado na área litorânea, na fronteira com a Somália, depois de rebeldes daquele país terem anunciado que apoiarão o braço iemenita da Al Qaeda na guerra contra o Ocidente.
O Brasil não mantém embaixada no Iêmen. A representação brasileira junto ao governo iemenita é feita pela embaixada brasileira em Riad (Arábia Saudita).
Fontes: FOLHA - Ag Int
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