São Paulo na Expo Xangai 2010




Um pequeno Copan feito de placas de compensado, recheado de imagens de uma São Paulo sem placas de publicidade, sem tanta poluição, sem trânsito e sem estresse. É assim que a capital paulista foi representada na Expo Xangai 2010, o mais importante evento internacional de urbanismo, que ocorre regularmente desde 1851. Durante os seis meses de duração da exposição, de maio a outubro de 2010, estima-se que pelo menos 70 milhões de pessoas tenham visitado os estandes de 239 países e 55 cidades escolhidas pela organização do encontro.

Com o lema “Melhor Cidade, Melhor Vida”, a Expo Xangai  chamou a atenção para a necessidade de construir uma vida melhor nos ambientes urbanos, justamente em uma época em que a população urbana do planeta se tornou pela primeira vez mais numerosa do que a rural. Além dos estandes construídos pelos governos nacionais, essa foi a primeira vez que as maiores metrópoles mostraram suas ideias para um futuro melhor – São Paulo ficou em quarto lugar entre os melhores projetos apresentados e teve 400 metros quadrados de área para apresentar o programa Cidade Limpa, que aboliu os outdoors da cidade.

O estande paulistano, projetado pela cenógrafa Daniela Thomas (responsável pelo Museu do Futebol), foi construído e mantido pelos 184 dias com um orçamento de cerca de R$ 4,5 milhões. O Brasil também teve um estande só dele, cujo projeto já foi contestado por arquitetos. Mas polêmicas a parte, o que mais chamou a atenção foram os pavilhões construídos pelos outros países – parece até que rolava uma competição para ver quem teria construido o prédio mais impressionante para a Expo Xangai. Veja nas fotos e no vídeo abaixo.





A “World Expo” (exposição universal) é consideradas o terceiro maior evento propulsor de negócios, atrás apenas das Olimpíadas e Copa do Mundo. Ao longo da história, elas se consolidaram como local de apresentação e divulgação de grandes invenções mundiais. Conhecidas também como os Jogos Olímpicos da Economia, Ciência e Tecnologia, suas edições sempre deixaram ícones nas cidades que as sediaram, como a Torre Eiffel, em Paris; o Átomo, em Bruxelas; e o Parque da Expo, em Lisboa. Além disso, elas são responsáveis pela regeneração de áreas, requalificação do local da exposição e reorganização urbana. As exposições universais acontecem a cada cinco anos e tem seis meses de duração.

A primeira exposição universal foi realizada em Londres em 1851, cidade considerada uma potência econômica da época. Mas foi a partir do século XX que a escolha da sede do evento passou a ser definida pelo Bureau Internacional de Exposições (BIE). Com sede em Paris, o BIE possui atualmente 155 estados-membros, dos quais o Brasil faz parte. Os objetivos são “apoiar as relações internacionais, difundir a cultura e a educação, incentivar o crescimento econômico, preservar o meio ambiente, promover a renovação urbana e divulgar inovações tecnológicas e científicas”.



Fonte: Blog da Metrópole/ Rodrigo Brancatelli

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