Na Itália, parlamentares comemoram decisão de extraditar Battisti do STF

Parlamentares italianos expressaram satisfação, mas Lula pode decidir pela permanência do terrorista.

Parlamentares italianos elogiaram a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou hoje que Cesare Battisti, ex-ativista condenado á prisão perpétua na Itália, seja extraditado para seu país.

O presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, manifestou sua "viva satisfação" com o desfecho do caso e se referiu a Battisti como um "cidadão que se marcou de graves crimes".

"Esta decisão, ao reforçar os históricos vínculos de amizade entre dois países, que pertencem à mesma civilidade jurídica, permite ter esperança por uma rápida e positiva conclusão de um caso que abalou profundamente a opinião pública italiana", enfatizou.

Na mesma linha, o presidente do Senado, Renato Schifani, elogiou o Supremo pela decisão. O parecer foi determinado após o pronunciamento do presidente da corte, Gilmar Mendes, que se disse favorável ao envio de Battisti a seu país.

Em sua argumentação, Mendes indicou que tais assassinatos não poderiam ser tratados como crimes políticos, o que sustentaria o refúgio concedido pelo governo brasileiro no início deste ano.

Ex-militante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, Battisti está preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília.

"É justo que Cesare Battisti cumpra sua pena na Itália pelos gravíssimos crimes que cometeu em nosso país e que causaram tanto sofrimento aos familiares das vítimas. Aguardamos confiantes que a extradição se efetive", disse Schifani.

Já o vice-presidente do Senado, Vannino Chiti, considerou o resultado "uma decisão importante", já que representa "um passo rumo à afirmação do direito e do reconhecimento do sofrimento dos familiares das vítimas do terrorismo".

Após a decisão de extraditar Battisti, que teve o respaldo de cinco ministros --de nove votantes--, o STF discute agora se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá ou não ter o direito de emitir um parecer final sobre o caso.

Fontes: FOLHA - ANSA

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