Kassab também pode ser cassado por Justiça Eleitoral

Marta Suplicy e Alckmin podem se tornar inelegíveis

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), também pode ser cassado pela Justiça Eleitoral, que hoje tirou o mandato e tornou inelegíveis por três anos 13 vereadores acusados de receber doação ilegal da AIB (Associação Imobiliária Brasileira). Os vereadores ainda podem recorrer ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Assim que recorrerem, a decisão do juiz será imediatamente suspensa.



Kassab e outros 46 candidatos a vereador receberam, juntos, R$ 10,6 milhões na campanha eleitoral do ano passado. A irregularidade está no fato de a Lei Eleitoral limitar a doação das entidades a 2% de sua receita no ano anterior. Para fazer essa doação, no entanto, a entidade teria de ter arrecadado pelo menos R$ 325 milhões em 2007. A associação, no entanto, não tinha fonte de renda, e, por isso, não poderia fazer as doações.

O promotor responsável pela denúncia, Maurício Antonio Ribeiro Lopes, afirmou ao R7 que o prefeito também pode ser cassado pelo juiz eleitoral Aloísio Sérgio Resende Silveira.

O promotor denunciou o prefeito e mais 35 vereadores eleitos, só que, até agora, apenas 18 pessoas foram julgadas. Isso significa que, além de Kassab, mais vereadores podem perder o mandato.

- Acredito que os outros julgamentos aconteçam nos próximos dias.

Além do prefeito, a promotoria denunciou os então candidatos a prefeito Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), que também receberam doações da associação.

Se condenados, eles podem acabar impedidos de se candidatar nas próximas eleições. Alckmin é um dos tucanos mais cotados a disputar o governo do Estado em 2010.

Foram cassados os vereadores Adilson Amadeu (PTB), Adolfo Quintas Neto (PSDB), Carlos Alberto Apolinário (DEM), Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB), Cláudio Roberto Barbosa de Souza (PSDB), Dalton Silvano do Amaral (PSDB), Domingos Odone Dissei (DEM), Gilson Almeida Barreto (PSDB), Marta Freire da Costa (DEM), Paulo Sérgio Abou Anni (PV), Ricardo Teixeira (PSDB), Ushitaro Kamia (DEM) e Wadih Mutran (PP).

Fonte: R7/Wanderley Preite Sobrinho

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