General Motors espera confirmação da venda da Opel nesta semana

GM está confiante que a venda da Opel aconteça esta semana

A fabricante americana de veículos GM (General Motors) está "razoavelmente confiante" em que nesta semana será assinada a venda da Opel para Magna International e Sberbank, apesar da advertência da UE (União Europeia), de que a operação poderia violar a legislação sobre ajudas públicas.



"O governo alemão está dialogando com a UE", declarou ao jornal britânico "Financial Times" o diretor-executivo da GM, Fritz Henderson.

Ele explicou que ficar com a Opel é o plano B, se isso acabar sendo necessário, mas a melhor opção é fechar o trato com Magna, negando que haja outros potenciais compradores. "Tivemos numerosas e exaustivas discussões com nosso conselho de direção, explicamos porque está justificada a operação com Magna e a necessidade de apoiá-la", acrescentou o diretor-executivo da GM.

"Se as circunstâncias mudam fundamentalmente, voltaríamos a consultar o conselho. Mas nesse momento, todos nossos esforços estão para fechar o acordo com a Magna", explicou.

A comissária europeia da concorrência, Neelie Kroes, escreveu na sexta-feira (16) uma carta ao ministro alemão de Economia, Karl-Theodor zu Guttenberg, na qual lhe advertia que a projetada ajuda de Berlim a Opel poderia violar a legislação comunitária ao estar condicionada a que Magna e Sberbank assumissem o controle.

Um porta-voz do truste alemão ao cargo atualmente da Opel assegurou na segunda-feira que a decisão de aprovar sua venda ao grupo austríaco-canadense Magna e ao banco russo Sberbank obedecia a razões puramente econômicas.

O porta-voz da empresa alemã disse que correspondia a Berlim esclarecer com Bruxelas qualquer motivo de preocupação que houvesse embora expressasse sua esperança que não tenha que "recomeçar todo o processo novamente".

A Comissão Europeia --o órgão executivo da UE-- disse ter visto uma carta enviada no sábado (17) pelo governo alemão à GM e aos administradores da Opel na qual afirmava que a prometida ajuda estatal de 4,5 bilhões de euros não estava condicionada a que Magna e Sberbank ficassem com a empresa alemã mas estava aberta a todos os que ofertassem por ela.

A RHJ International, que tinha mostrado seu interesse pela Opel até que a GM optou em setembro por Magna, descartou ontem que tivesse interesse em fazer uma nova oferta.

Fonte: FOLHA - Efe

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