CPI: Protocolado requerimento para criação de CPI do MST

Reinaldo Azevedo

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) e os deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) protocolaram na manhã desta quarta-feira, 16, um requerimento para a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará repasse de recursos públicos ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). O requerimento foi entregue na secretaria geral da mesa do Senado.

Para garantir a abertura da CPMI eram necessárias 27 assinaturas do Senado e 171 da Câmara. Os parlamentares recolheram 34 e 192 assinaturas, respectivamente. O objetivo da criação da comissão é o de apurar a denúncia publicada pela revista Veja, há cerca de 15 dias, sobre irregularidades em convênios fixados entre o governo e o MST. A leitura do requerimento deve ser feita em sessão do Congresso porque se trata de uma CPI mista.

A senadora Kátia fez duras críticas ao Movimento dos Sem Terra. “O MST não tem e nunca teve nenhum propósito de conseguir um pedaço de terra. É um grupo criminoso, que age à margem da lei, que produz intranquilidade e violência no campo”, disse a senadora, que completou afirmando serem “fachadas” as cooperativas do MST.

As denúncias que pesam sobre o MST são graves. Segundo Kátia Abreu, a Comissão Parlamentar de Inquérito irá apurar os possíveis crimes de formação de quadrilha e improbidade administrativa.

Por enquanto, a senadora do Democratas está se amparando em informações que a imprensa divulgou. Kátia disse que dos últimos R$ 60 milhões que o MST recebeu de repasses, R$ 40 mi foram enviados pela União. O restante o movimento recebeu de organizações não-governamentais estrangeiras, que também serão rastreadas pela CPI. “Queremos saber se houve registro desses repasses na Receita Federal e a origem deles”, explicou a senadora.

INVESTIGAÇÃO JÁ!

O MST, cumprindo à risca seu papel, acusa a existência de uma conspiração contra a sua causa. O pedido de CPI, protocolado por Kátia Abreu (DEM-TO), seria apenas uma retaliação à luta dos ditos sem-terra para rever os índices de produtividade no campo etc. Não é verdade. A comissão se justifica porque a injeção de dinheiro público no movimento, por meio de cooperativas, é um fato, não um boato. Está documentado. O mesmo se diga dos recursos estrangeiros que irrigam o solo ideológico do MST, que produz pouca comida e muita ideologia. Mas esperem um pouco: e se fosse, de fato, um contra-ataque político? É formidável a capacidade que essa gente tem de satanizar o adversário, não? Para eles, fazer política é um mister; para os outros, um crime.

Reitero a indagação que fiz sobre o índice de produtividade: por que só vale para o campo? Por que não existe índice de produtividade para os demais setores da economia? O setor agroindustrial brasileiro não tem por que se intimidar. Todos sabem que é um dos mais produtivos do mundo. Essa história do latifúndio que deixa a terra esfaimando é uma mistificação, uma mentira alimentada pelo MST e por setores muito pouco cristãos infiltrados na Igreja Católica.

Na edição retrasada de VEJA, Policarpo Júnior e Sofia Krause contaram como funciona o esquema. Segue um trecho:
VEJA teve acesso às informações bancárias de quatro organizações não governamentais (ONGs) apontadas como as principais caixas-fortes do MST. A análise dos dados financeiros da Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca), da Confederação das Coo-perativas de Reforma Agrária do Brasil (Concrab), do Centro de Formação e Pesquisas Contestado (Cepatec) e do Instituto Técnico de Estudos Agrários e Cooperativismo (Itac) revela que o MST montou, controla e tem a seu dispor uma gigantesca e intrincada rede de abastecimento e distribuição de recursos, públicos e privados, que transitam por dezenas de ONGs espalhadas pelo Brasil:

* As quatro entidades-cofre receberam 20 milhões de reais em doações do exterior entre 2003 e 2007. A contabilização desses recursos não foi devidamente informada à Receita Federal.
* As quatro entidades-cofre repassaram uma parte considerável do dinheiro a empresas de transporte, gráficas e editoras vinculadas a partidos políticos e ao MST. Há coincidências entre as datas de transferência do dinheiro ao Brasil e as campanhas eleitorais de 2004 e 2006.
* As quatro entidades-cofre receberam 43 milhões de reais em convênios com o governo federal de 2003 a 2007. Existe uma grande concentração de gastos às vésperas de manifestações estridentes do MST.
* As quatro entidades-cofre promovem uma recorrente interação financeira com associações e cooperativas de trabalhadores cujos dirigentes são ligados ao MST.
* As quatro entidades-cofre registram movimentações ban-cárias estranhas, com vul-tosos saques na boca do caixa, indício de tentativa de ocultar desvios de dinheiro.

Voltei
É isso que os crentes de João Pedro Stedile têm de explicar. O resto é conversa mole de quem quer manter a causa financiada com dinheiro público.

CPI neles! E que se note: querem um exemplo de senador - no caso, senadora - que leva a sério o seu mandato? Katia Abreu.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

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