EUA e Israel simularão ataque com mísseis

Simulação de ataques de mísseis

Os exércitos de Israel e dos Estados Unidos participarão, nos próximos dias, de manobras militares que simularão um ataque com mísseis procedente de países da região, informou hoje o jornal árabe "Asharq al Awsart". A publicação ocorre em meio ao aumento da tensão entre Israel e Irã.

Segundo a edição eletrônica da publicação, o exercício militar será o maior na história das manobras conjuntas realizadas pelas duas Forças Armadas. Dele, participarão aviões de guerra israelenses e unidades da marinha americana.

O "Asharq al Awsart", que não cita fontes, disse ainda que o treinamento vai simular um ataque simultâneo com mísseis lançados do Irã, da Síria e dos territórios controlados pela milícia xiita e libanesa do Hezbollah e pelos palestinos do Hamas.

A informação foi publicada a poucos dias da reunião que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, terá na quinta-feira, em Nova York, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas.

O exercício, se confirmado, será realizado em meio aos esforços internacionais pela retomada das negociações de paz no Oriente Médio, que estão estagnadas desde o fim do ano passado.

Israel x Irã

O presidente russo, Dmitry Medvedev, disse entrevista à rede americana de TV CNN transmitida neste domingo (20) que Israel garantiu a ele não pretender atacar o Irã.

Medvedev sustentou que o presidente israelense, Shimon Peres, fez o comentário em agosto durante uma reunião na localidade russa de Sochi.

"Quando me visitou em Sochi, o presidente israelense Peres disse algo importante para todos nós: 'Israel não planeja lançar nenhum ataque contra o Irã. Somos um país pacífico e não faremos isso'", disse Medvedev.

As chances de um acordo com os EUA sobre um novo pacto para reduzir os fins estratégicos de armamento até o fim deste ano continuam sendo "bastante altas", afirmou Medvedev na entrevista gravada na terça-feira, segundo uma transcrição do Kremlin.

Na última segunda-feira (14), o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que chegou o momento de endurecer as sanções contra o Irã, após o grupo de seis potências --Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha-- terem definido para 1º de outubro a data da primeira reunião com representantes do governo iraniano sobre o programa nuclear do país.

O Ocidente afirma que o programa nuclear do Irã tem como objetivo a produção de armas nucleares, acusação que Teerã nega. Especialistas afirmam que há grandes chances de Israel lançar um ataque contra as plantas nucleares do Irã em ação para se defender de uma ameaça de ataque nuclear.

ANP

O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, esteve na região na última semana. Mitchell, que viajou para Israel com o objetivo de negociar uma solução para os assentamentos judaicos na Cisjordânia, deixou o país na sexta-feira (18) sem resultados concretos, após ter passado o dia em contato com Abbas e com Netanyahu.

Para Abbas, cabe agora a Israel limpar o caminho para as negociações de paz. Além disso, indicou que Mitchell deve retornar à região na próxima semana para retomar as negociações, depois da Assembleia Geral da ONU.

Fontes: FOLHA - France Presse


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