Centenas protestam contra Chávez na Venezuela e Espanha

Marcha global contra Cháves reuniu milhares de pessoas em várias cidades.


Manifestante segura placa com frase "sem mais Chávez" em protesto contra o presidente Hugo Chávez em praça de Madri


Marcha global contra Cháves




Após um grupo de colombianos convocar uma "marcha global" contra a política externa do presidente venezuelano, Hugo Chávez, centenas de pessoas foram às ruas em Caracas (Venezuela), Madri e Barcelona (ambas na Espanha) para protestar contra políticas que "empobrecem, dividem e manipulam" os venezuelanos.

"Chávez não quer gerar bem-estar mas oprimir e empobrecer o povo, levar a Venezuela ao confronto, prender os que se opõem, ideologizar a juventude. Usa o nome de nosso libertador, Simón Bolívar, como desculpa para sua revolução, manipulando seu legado histórico", disseram os manifestantes em um documento lido na ocasião, em uma avenida do leste de Caracas, capital venezuelana.

Vestidos de branco, levando bandeiras venezuelanas e conclamando "Não mais Chávez", os venezuelanos denunciaram o "desperdício" dos recursos do país, a "intransigência" do presidente e sua "intromissão" em assuntos de outros países.

"Esta é a maneira de demonstrar nossa rejeição às políticas interna e externa do presidente Chávez, para mostrar que queremos uma Venezuela diferente, livre e soberana", declarou Héctor Castillo, professor universitário.

Espanha

No centro de Madri, um grupo de cem pessoas se manifestou contra Chávez "pela liberdade de expressão e o respeito aos direitos humanos".

Outro grupo de cerca de cem pessoas se reuniu em Barcelona, na praça de Sant Jaume, com bandeiras da Venezuela e cartazes contra o que chamaram de ditadura na Venezuela.

Os manifestantes nas duas cidades gritavam slogans como "Não mais Chávez" e "Vá embora".

Marcha mundial

A previsão dos organizadores da "marcha mundial" contra o presidente disseram que os protestos estavam programados para cem cidades de 30 países.

O grupo "Marcha Mundial contra Chávez em 4 de Setembro", criado pelo colombiano Alejandro Gutiérrez, 28, economista e empresário, teve, em dez dias, 342.538 adesões no site de relacionamento Facebook.

Ao mesmo tempo, grupos de simpatizantes do presidente venezuelano anunciaram eventos para apoiá-lo em 50 países.

Veja como foram as manifestações pelo mundo.

Milhares de pessoas participaram nesta sexta-feira, 4, de uma marcha global contra a política externa "intervencionista" do presidente venezuelano Hugo Chávez. Sob o lema "Não mais Chávez", os organizadores colombianos marcaram protestos em mais de 100 cidades. A convocação se propagou pela internet, com a criação de páginas no Facebook e no Twitter. "Estamos cansados de que o presidente Hugo Chávez nos insulte, insulte a América Latina e o mundo, e tente impor por meio de mentiras, do medo e da má educação de sua revolução anacrônica e delirante", diz o grupo organizador em sua página na internet.


Protesto em Honduras. Foto: AP

Uma multidão de hondurenhos, entre eles o presidente de facto, Roberto Micheletti, marchou em cinco cidades de Honduras. O protesto é "uma demonstração de que não queremos imposições de ninguém neste país", afirmou Micheletti, designado pelo Parlamento como presidente de Honduras no dia 28 de junho.


Ato em Nova York. Foto: Efe

Em frente à sede das Nações Unidas, em Nova York, aproximadamente 200 pessoas participaram do ato. O protesto foi coordenado por venezuelanos residentes na cidade. "Parem o intervencionismo de Chávez na América Latina" e "Chávez, terrorista internacional" eram as mensagens que podiam ser lidas em alguns dos cartazes levados à manifestação, realizada um uma praça em frente aos jardins da sede da ONU em Manhattan.


Manifestação na Colômbia. Foto: Efe

Na Colômbia, um dos países latino-americanos que mais têm atritos com o governo Chávez, o ato também reuniu uma multidão em Bogotá. Alguns manifestantes se vestiram como o presidente venezuelano e líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), para simbolizar uma possível ligação entre as partes.


Protesto na Venezuela. Foto: Efe

O movimento também foi apoiado na Venezuela. Na capital Caracas, manifestantes levaram placas e faixas. Chávez, porém, não presenciou o ato, por estar na Síria. "Vejo que estão convocando uma marcha mundial contra Chávez. Eu digo: 'que coisa estúpida'!", afirmou o presidente venezuelano durante a viagem. "Vá e marche contra Chávez, porque não é contra Chávez, é contra os povos", desafiou o chefe de Estado durante entrevista coletiva transmitida pelo canal Telesur. Segundo o site da organização, um dos atos estava programado para ser realizado em São Paulo, na Avenida Paulista.


Fontess: FOLHA - FP - Reuters - ESTADO - G1 - TV GLOBO

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