Briatore é banido da Fórmula 1, e Renault recebe supensão de dois anos com sursis

Equipe francesa não cumprirá pena imposta pelo Conselho Mundial da FIA



Briatore não poderá mais volta à Fórmula 1/Arquivo/AE

Após o término da reunião do Conselho Mundial de Esporte a Motor da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Flavio Briatore foi banido da Fórmula 1 pelo caso da armação no GP de Cingapura de 2008. A Renault, ex-equipe do dirigente, recebeu uma suspensão de dois anos, mas com sursis: ou seja, o time não cumprirá a punição, a não ser que cometa outra infração grave ao regulamento.

Fernando Alonso foi inocentado e Nelsinho Piquet escapou de uma punição por ter colaborado com as investigações. Briatore, que saiu da Renault no dia 16 de setembro, não poderá ter mais nenhum envolvimento com a categoria e terá de abandonar o posto de empresário de pilotos na F-1. Ele trabalha atualmente com Fernando Alonso, Mark Webber, Heikki Kovalainen e Romain Grosjean. Pat Symonds, diretor de engenharia, foi suspenso por cinco anos de quaisquer competições organizadas pela FIA.

A equipe Renault admitiu que a equipe conspirou com seu piloto Nelsinho Piquet para causar um acidente deliberado no GP de Cingapura de 2008, infringindo o Código Esportivo Internacional e o Regulamento Esportivo da Fórmula 1. Compareceram à reunião os pilotos Nelsinho Piquet, Fernando Alonso e Bernard Rey, presidente da equipe Renault.

Julgamento

No julgamento realizado pelo Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o brasileiro Nelsinho Piquet, que confessou ter batido o seu carro de propósito após um pedido de Briatore, foi beneficiado pelo sistema de delação premiada e se livrou de qualquer tipo de punição, assim como o espanhol Fernando Alonso, principal beneficiado com a farsa, já que acabou vencendo a corrida na ocasião.

Outro que recebeu uma pena dura foi o ex-diretor de engenharia da Renault, Pat Symonds, suspenso por cinco anos da principal categoria do automobilismo mundial.

Durante a audiência, a Renault desculpou-se pelo ocorrido. "Assumimos a completa responsabilidade pelo que aconteceu, e espero que passemos por melhores dias no futuro", disse Bernard Rey, presidente da operação da Renault na Fórmula 1. Todos os envolvidos prestaram depoimento nesta segunda em Paris.

PERDÃO

Após o julgamento, Nelsinho afirmou estar arrependido e disse que não espera ser perdoado pelo que fez. "Gostaria de repetir que sinto muito por todos aqueles que trabalham na Fórmula 1 (incluindo as muitas boas pessoas da Renault), pelos torcedores e pela FIA. Não espero ser perdoado pelo que fiz, e nem espero que esqueçam isso, mas pelo menos agora as pessoas podem tirar suas conclusões baseadas no que aconteceu", destacou.

O brasileiro admitiu que o escândalo abala suas chances de continuar a carreira na categoria, mas deixou claro que não desistirá de buscar um cockpit. "Tive de aprender muitas coisas difíceis nos últimos 12 meses, e reconsiderei o que é valioso na vida. Isso não mudou minha paixão pela Fórmula 1, mas sei que terei de recomeçar minha carreira do zero".

Nelsinho foi quem detonou a armação da Renault, e por isso foi poupado pela FIA. Em agosto, depois de ser demitido pela equipe, ele foi à entidade máxima do automobilismo para dizer que havia batido propositadamente no GP de Cingapura de 2008, para ajudar na estratégia de Fernando Alonso.

Piquet admitiu que aceitou bater de propósito porque estava sob pressão de Flavio Briatore, seu empresário e chefe de equipe da Renault. Ainda assim, ele declarou-se arrependido. "Eu me arrependo muito das minhas ações e todos os dias penso que não deveria ter feito aquilo."

Na semana passada, Briatore e Symonds já haviam saído da escuderia francesa devido ao escândalo.


Fontes: G1 -


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