Venezuela ameaça ocupar fábrica da Pfizer para reativar produção

O governo da Venezuela ameaçou ocupar uma fábrica da farmacêutica Pfizer no país, cujo funcionamento foi interrompido em maio pela multinacional, sediada nos Estados Unidos.

O ministro da Saúde da Previdência Social, Carlos Rotondaro se reunirá nesta quinta-feira (13) com representantes da empresa para pressionar pela retomada dos trabalhos na fábrica de medicamentos localizada em Valencia, no Estado de Carabobo.

O encontro foi anunciado nesta terça-feira pelo ministro do Comércio e presidente do Instituto para a Defesa das Pessoas no Acesso a Bens e Serviços (Indepabis), Eduardo Saman.

"Na quinta-feira se avaliará a situação com o laboratório e, na ausência de resultados positivos, vamos prosseguir com a ocupação temporária da empresa com o objetivo de reativar a fábrica e produzir medicamentos", disse Saman. "Até quando vamos importar medicamentos que poderiam ser facilmente fabricados no país?"

O ministro disse que a Pfizer fechou a fábrica em maio depois de dizer que ela continuaria trabalhando.

"Essas empresas não podem continuar recebendo do Estado todos os recursos para importar e nos pagar com o fechamento de uma fábrica e gerar desemprego", disse o ministro do Comércio, anunciando que o governo vai restringir a importação de medicamentos prontos, com o objetivo de aumentar a produção interna e preços mais baixos.

Desde 2007, logo após ter sido reeleito, o presidente Hugo Chávez --que diz estar promovendo o "socialismo do século 21"-- vem promovendo uma ampla nacionalização de setores como o petroleiro, de telecomunicações, eletricidade, cimento e até turismo.

Em maio, o governo anunciou que pagaria US$ 1,050 bilhão ao grupo espanhol Santander pela sua filial no país, o Banco da Venezuela, nacionalizado em 2008, e expropriou 60 empresas prestadoras de serviços da área petrolífera.

No início deste mês, o governo assumiu o controle temporário de duas das maiores processadoras de café do país, a Fama de América e Café Madrid, alegando que as empresas estavam contrabandeando café para fora do país, para conseguir melhores preços.

Comentário

O ditador Cháves, está fazendo um grande estrago econômico. Suas ações violentas de roubo da propriedade privada e seus calotes, estão arruinando a Venezuela.

Agora a Venezuela não inspira mais confiança junto aos credores internacionais e o grande capital já teme em investir de novo lá. Pobre povo venezuelo que será levado à bancarrota ainda maior, causada pelas políticas insanas de ´´El Loco de Miraflores.´´

Fontes: FOLHA

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