Concepção artística mostra corpo celeste com tamanho da Lua se chocando com um planeta semelhante a Mercúrio/NASA/JPL-Caltech/Divulgação
A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta segunda-feira em seu site uma concepção artística que mostra uma possível colisão em alta velocidade entre dois planetas ao redor de uma jovem estrela. O impacto, segundo evidências captadas pelo telescópio espacial Spitzer, envolveu dois corpos rochosos - um deles tão grande quanto a Lua e outro do tamanho de Mercúrio - e teria ocorrido nos últimos mil anos ou mais.
Os astrônomos informaram que a gigantesca colisão destruiu o corpo celeste de menor tamanho, espalhando enormes quantidades de rocha e expelindo camadas de lava quente pelo espaço. Os detectores infravermelhos do Spitzer captaram sinais das rochas vaporizadas e de fragmentos recongelados de lava, chamados de tectitas (tipo de mineral de vidro natural que se forma no espaço).
"O choque deve ter sido enorme e incrivelmente em alta velocidade para a rocha ter se vaporizado e derretido", disse o cientista Carey M. Lisse, da Universidade Johns Hopkins e principal autor do estudo, descrito na edição de agosto da revista Astrophysical Journal. Conforme o pesquisador, a colisão foi similar à que causou a formação da Lua há 4 bilhões de anos, quando um corpo do tamanho de Marte se chocou contra a Terra.
Para se ter uma ideia da força da colisão, os astrônomos explicaram que os dois planetas estariam viajando a uma velocidade de pelo menos 10 km/s antes de se baterem.
A estrela observada pelo Spitzer é a de nome HD 172555, que teria 12 milhões de anos e está localizada a cerca de 100 anos-luz da Terra, ao sul da constelação Peacock (Pavão). Em comparação com a idade da estrela, os cientistas lembraram que o Sistema Solar tem 4,5 bilhões de anos.
Lua surgiu de colisão entre planeta e Terra, diz teoria
Pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, apresentaram a hipótese de que a Lua se formou por causa da colisão entre a Terra e um antigo planeta já desaparecido, denominado Theia - com o tamanho aproximado de Marte. A Nasa, agência espacial americana, aproveitará a missão das sondas gêmeas Stereo, que está observando os tsunamis solares, para explorar pontos específicos do nosso sistema solar em busca de indícios do planeta perdido. As informações são do Terra Chile.
Segundo Edward Belbruno e Richard Gott, defensores da teoria, Theia existiu há 4,5 milhões de anos e o material expelido na grande explosão, oriundo dos dois planetas, permaneceu girando ao redor da Terra antes de entrar em fusão e formar a Lua.
As naves Stereo buscam pistas nos Pontos de Lagrange, regiões do espaço situadas entre a gravidade da Terra e do Sol, que formam um "poço gravitacional", engolindo todo aquilo que está na sua volta.
Fontes: Terra - NASA - CALTECH
Nenhum comentário:
Postar um comentário