Reader's Digest pedirá concordata para reestruturar sua dívida

Reader`s Digest vai pedir concordata preventiva

A empresa Reader's Digest Association, uma das maiores editoras de livros e revistas do mundo, anunciou hoje que deve pedir proteção ao capítulo 11 da Lei de Falências americana --o equivalente à concordata, ou à recuperação judicial no Brasil-- para conduzir uma reestruturação de suas atividades nos Estados Unidos.

A companhia explicou em comunicado que chegou a um acordo inicial com a maioria de seus principais credores sobre um plano para reduzir sua dívida de maneira significativa e fortalecer sua situação financeira no futuro.

O plano inclui a troca de uma parte substancial do US$ 1,6 bilhão que tem em dívida garantida por uma participação em seu capital, o que supõe que a propriedade da empresa passará a esse grupo de credores.

Além disso, a Reader's Digest explicou que optou por não pagar os US$ 27 milhões em juros relacionados com a dívida que vence em 2017 --o que deveria fazer nesta segunda-feira-- e que recorrerá ao período de 30 dias que tem para continuar negociando com seus credores.

O princípio de acordo também permite que a empresa se recolha de forma voluntária e em termos já negociados com os credores sob o amparo do capítulo 11 da Lei de Falências para que possa se reestruturar.

Depois de conseguir US$ 150 milhões em empréstimos novos para melhorar sua liquidez, a companhia prevê sair desse processo com uma dívida de US$ 550 milhões, o que representaria uma redução de US$ 75% frente aos US$ 2,2 bilhões atuais.

A declaração de quebra só afetará, segundo a firma, suas operações nos Estados Unidos e não às que realiza em outros mercados internacionais, incluindo os da América Latina e Europa.

Em março de 2007, a Reader's Digest passou a ser propriedade de um grupo de investidores liderado pela Ripplewood Holdings, em uma operação avaliada em US$ 2,4 bilhões.

A editora comercializa livros, revistas, músicas, vídeos e produtos educativos em 78 países e chega a cerca de 130 milhões de consumidores, segundo dados da própria empresa.

Fontes: FOLHA - Efe

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