Michael Jackson em show da turnê 'Dangerous' em agosto de 1993. (Foto: AP)
Relatório alega que cantor sucumbiu a 'intoxicação aguda de propofol'.
Médico particular ministrava anestésico para fazer Jackson dormir.
O instituto médico legal da cidade de Los Angeles anunciou nesta sexta-feira (28) que a morte do cantor Michael Jackson foi classificada como homicídio. Na linguagem policial, homicídio significa morte provocada pelas mãos de uma outra pessoa.
De acordo com relatório do legista da cidade, Jackson sucumbiu a "intoxicação aguda de propofol". O propofol (também conhecido como diprivan) é um potente anestésico que o cantor vinha usando com a intenção de combater insônia.
O medicamento - de uso altamente controlado -era aplicado pelo médico particular de Jackson, Dr. Conrad Murray. O cardiologista é alvo de investigação da polícia, teve sua residência revistada, mas até agora não teve sua prisão decretada.
Em nota, o departamento de polícia de Los Angeles afirmou que a investigação está em andamento e que caberá a promotores locais decidir se acusações serão feitas.
Mistura fatal
O anestésico porpofol, apontado pelos legistas como a substância que matou Michael Jackson. (Foto: Reuters)
O relatório preparado pelo IML de Los Angeles também indica que outras drogas foram encontradas no corpo de Jackson, incluindo principalmente o sedativo lorazepam. Médicos afirmam que a combinação desses remédios é perigosa.
Dr. conrad murray médico de michael jackson (Foto: AP)
Em depoimento à polícia, Murray afirmou que estaria preocupado com um suposto vício de Jackson em propofol. Na noite anterior à morte do cantor, o médico particular diz que tentou colocá-lo para dormir sem o propofol, usando, em vez disso, os sedativos diazepam, lorazepam e midazolam. Como todos os remédios não conseguiram adormecer o astro e como Jackson, segundo ele, teria pedido a droga várias vezes, Murray teria finalmente ministrado 25 miligramas de propofol. Assim que o cantor dormiu, o médico deixou o quarto.
No mesmo depoimento, divugaldo nesta semana pelo jornal "Los Angeles Times", Murray disse aos detetives que tratou o astro de insônia por cerca de seis semanas antes de sua morte. Ele estava dando a Michael Jackson 50 miligramas de propofol todas as noites por meio intravenoso. O médico particular afirmou ainda que perguntou ao popstar inúmeras vezes quem eram os médicos que tratavam dele e quais drogas eram prescritas. Mas o cantor se recusava a dar informações, disse Murray aos investigadores.
Aplicado em procedimentos cirúrgicos em hospitais, sempre com monitoramento contínuo dos sinais vitais do paciente, o propofol oferece riscos por causar uma curta parada respiratória. A medicação induz a um sono de hipnose por cerca de cinco a dez minutos e é usada como anestésico porque não causa mal estar e também atua como relaxante muscular e como um leve analgésico. Durante cirurgias, o remédio é administrado continuamente para manter o paciente apagado pelo tempo que for necessário.
Na o última dia 18, Conrad Murray postou um vídeo no YouTube em que agradecia o apoio dos amigos. “Por favor, não se preocupem, enquanto eu tiver Deus no meu coração e vocês na minha vida, eu estarei bem. Eu fiz tudo que pude. Eu disse a verdade e eu tenho certeza de que a verdade prevalecerá. Deus os abençoe. E obrigado”, disse o cardiologista, que foi contratado pela produtora AEG Live para cuidar da saúde do cantor durante a série de shows que Jackson faria a partir de junho deste ano.
Jackson morreu no dia 25 de junho, depois de ser resgatado de sua casa em Los Angeles e levado ao hospital da cidade com quadro de parada respiratória. O Rei do Pop completaria 51 anos neste sábado.
Fonte: G1- Agências internacionais
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