Jornalista será primeiro brasileiro a fazer turismo espacial

Brasileiro vive na Austrália e ganhou do chefe a viagem, prevista para 2010.



Um jornalista que vive na Austrália será o primeiro brasileiro a fazer uma viagem de turismo fora da atmosfera. Wilson da Silva ganhou a viagem, que custa R$ 400 mil de seu chefe, Alan Finkel, um neurocientista que atua em várias entidades internacionais e fundou a revista "Cosmos", que é dirigida pelo brasileiro.

"Eu pensei na questão por 0,1 segundo", disse Silva quando seu chefe ofereceu a viagem. "Eu disse sim, sim! Eu quero ir ao espaço!"

Silva está entre os cem primeiros inscritos para a viagem, mas haverá um sorteio para definir a ordem dos viajantes, uma vez que a nave levará apenas seis passageiros e dois pilotos. Por isso, pode demorar algum tempo para que Silva viaje.

A previsão é de início das operações no próximo ano com um vôo por semana partindo do deserto de Mojave, na Califórnia, nos Estados Unidos.

De acordo com a simulação, dois aviões levarão a nave com os turistas a uma altura de cerca de 15 quilômetros, onde liberarão o módulo. A nave com os turistas continuará subindo a uma velocidade de 4 mil quilômetros por hora até uma altura de cerca de cem quilômetros, quando os motores serão desativados. A gravidade vai se reduzindo até zero e os viajantes poderão viver a experiência de flutuar no espaço durante 15 minutos.

"Só não pode vomitar no espaço, isso seria horrível", diz o jornalista.

Em seguida, a nave descerá como se fosse um planador.



O criador do projeto é o britânico Richard Branson. Ele conta que ainda serão feitos muitos testes, porque “todo mundo tem que ter passagem de volta”. “Esse é o futuro do turismo espacial”, disse Branson. “Por alguns anos, esse vai ser o meio mais usado pra se chegar ao espaço”. A perspectiva é que após o início da operação o preço caia pela metade. O sonho dele é, no futuro, poder levar turistas à Lua.

Os aviões que irão carregar a nave com os turistas espaciais já estão prontos. A primeira exibição pública foi feita nos Estados Unidos para cerca de 200 mil pessoas na cidade de Oshkosh. Os aviões podem voar a 18 mil metros de altitude e são feitos quase integralmente de um material plástico levíssimo e super-resistente.

No mesmo festival de aviação em que os aviões foram expostos o público também pode observar um carro que vira avião. Carro-voador já existia em 1949, mas o atual tem uma grande vantagem. “O aerocarro levava 20 minutos pra se transformar em avião. Era mais fácil pegar um táxi. Nós fazemos a conversão em 30 segundos”, explica Carl Dietrich, doutor em aeronáutica por uma das melhores universidades dos Estados Unidos e projetor do modelo atual. O novo carro-voador chega ao mercado em dois anos e vai custar quase R$ 400 mil.

Ainda no evento, os visitantes puderam observar uma motocicleta voadora. No projeto, a moto vem com ar-condicionado, dois lugares e asas em formato de navalha. “A moto vai fazer curvas com tanto balanço que você vai pensar que está voando no sol. Quando precisar saltar um obstáculo, você vai realmente voar”, diz Sam Bousfield, autor do projeto.

Fonte: G1 - REDE GLOBO

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