Motivo foi 'precário estado de saúde' do assaltante do trem pagador.
Biggs, que viveu no Brasil quando foragido, completará 80 anos no sábado.
Biggs deixa a delegacia de polícia de Chiswick para ir à Corte, em 7 de maio de 2001 (Foto: AP)
O ministro da Justiça britânico, Jack Straw, concedeu nesta quinta-feira (6) liberdade a Ronald Biggs, conhecido como o "ladrão do século" pelo assalto ao trem pagador de Glasgow (Escócia) em 1963, dado o seu precário estado de saúde.
Biggs, que neste sábado completa 80 anos, foi transferido no dia 28 de julho passado de sua cela na prisão de Norwich (leste da Inglaterra) para o hospital Norfolk e Norwich, acometido de uma pneumonia grave.
Os médicos acreditam que não há muita chance para sua recuperação.
No fim de junho, o famoso assaltante, que viveu mais de 35 anos no Brasil, foi internado no mesmo centro médico com uma fratura na bacia e uma infecção pulmonar.
Dias depois, em 1º de julho, Biggs sofreu um duro revés quando o ministro da Justiça do Reino Unido, Jack Straw, indeferiu o pedido de liberdade apresentado por ele. O motivo alegado foi o fato de o detento nunca ter se "arrependido do crime" que cometeu.
Ao manter Biggs na prisão, apesar do delicado estado de saúde e da idade avançada do preso, Straw foi contra a recomendação que a Comissão de Liberdade Condicional deu em 25 de junho.
O filho de Biggs, Michael, de 34 anos, que nasceu no Brasil e foi integrante do grupo infantil Balão Mágico nos anos 1980, queria levá-lo para um centro médico em Barnet (norte de Londres), perto de onde vive.
Biggs enfrenta vários problemas de saúde, como ataques cardíacos, derrames e crises epilépticas.
Assalto
Biggs e seu bando de 15 homens conseguiu roubar o trem pagador na noite de 8 de agosto de 1963. Depois de ferir gravemente um empregado, os ladrões se apoderaram de 2,6 milhões de libras, um recorde para a época.
Biggs foi preso e condenado a 30 anos de prisão. Ele conseguiu fugir da prisão em 1965 e, depois de mudar de aparência graças a uma cirurgia plástica, viveu na Espanha, Austrália e por muito tempo no Brasil.
Ele decidiu se entregar às autoridades britânica em 2001, depois de ter permanecido foragido durante 36 anos, porque estava falido e doente.
Fonte: G1- REUTERS
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