Direção de TV atacada com bombas de gás responsabiliza Chávez pela ação

Chavistas acusados pelo ataque

Comentário:

A ditadura comunista está se apossando da Venezuela. Isto precisa ser detido a todo custo!!!!!!!!






Os proprietários da TV venezuelana Globovisión, atacada nesta segunda com bombas de gás lacrimogêneo por homens armados, culpam um grupo chavista pela ação e sugerem que o próprio presidente Hugo Chávez pode estar por trás da iniciativa contra a sede do canal de notícias, que se opõe abertamente ao governo.

"Só posso pensar que foi uma encomenda de Miraflores", disse Guillermo Zuloaga presidente da Globovisión, em referência ao palácio presidencial.

Mais cedo, o diretor do canal, Alberto Federico Ravell, disse que o grupo era formado por membros da agremiação chavista Unidade Popular Venezuelana (UPV), liderados pela conhecida ativista pró-Chávez Lina Ron. "Responsabilizamos o presidente pelo que aconteceu hoje. Levaremos as coisas às últimas consequências", disse o diretor, afirmando lamentar que "em plena luz do dia um grupo de partidários [do presidente] se aproxime do canal e o ataque".

"Este atentado já não é mais contra a liberdade de expressão, mas contra a vida das pessoas que aí trabalham", disse Ravell.

O ministro do Interior da Venezuela, Tareq El Aissami, condenou o que chamou de ação "criminosa" contra emissora e afirmou que os responsáveis serão levados à Justiça, porque o governo, segundo ele, "não aceita que a violência seja o instrumento para resolver nossas diferenças". A Globovisión mantém uma linha editorial de confronto com o governo de Chávez, um ex-líder golpista que chegou ao poder pelo voto há mais de uma década e diz liderar uma revolução socialista.

Para a oposição, Chávez está por trás de uma ofensiva judicial contra a Globovisión, a única TV aberta fortemente anti-Chávez que restou na Venezuela.

Chávez acusa as TVs Globovisión, Venevisión, RCTV e Televen de ter apoiado um golpe que o tirou do poder, brevemente, em 2002. Após as críticas, Venevisión e Televen adaptaram as coberturas; e a RCTV passou a ser um canal a cabo depois de ter a renovação de licença de funcionamento recusada pelo presidente, em 2007.

Neste fim de semana, o presidente da Globovisión, Guillermo Zuloaga, disse em entrevista à revista brasileira "Veja" que em 2002 não houve um golpe de Estado na Venezuela, mas um "vazio de poder", porque, segundo ele, o ministro da Defesa, general Lucas Rincón, tinha anunciado que o presidente renunciara.

No seu programa semanal, "Alô, Presidente", Chávez já chamou o proprietário da Globovisión, de "mafioso" e o acusou de praticar "terrorismo midiático". O empresário, por sua vez, diz ser vítima de perseguição política.

No mês passado, a Globovisión pagou uma multa de 9 milhões de bolívares (US$ 4,1 milhões) à Receita Federal do país por não ter declarado a divulgação de propaganda durante a greve dos empresários e dos sindicatos ocorrida de dezembro de 2002 a janeiro de 2003. O Seniat, organismo oficial de arrecadação venezuelano, considerou a propaganda doação e, portanto, sujeita a impostos. Outra multa no valor de 1,65 milhão de bolívares (cerca de US$ 767) pelo suposto uso indevido de antenas para transmissões ao vivo, em 2003, está sendo examinada pelo Tribunal Supremo de Justiça.

Há dois anos, Chávez não renovou a concessão da televisão RCTV, muito crítica ao governo. Recentemente, o governo Chávez reforçou medidas de controle sobre meios de comunicação privados ao fechar 34 estações de rádio e abrir inquéritos de irregularidades contra mais 120.

Presidente de entidade de defesa da mídia critica violência contra a Globovisión

O presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol), Enrique Santos Calderón, afirmou nesta segunda-feira, ao jornal da Colômbia "El Tiempo", condenar a "violência desatada" contra a venezuelana Globovisión, única TV crítica do governo de Hugo Chávez que permanece no ar.

Conforme imagens gravadas pela própria Globovisión, cerca de 35 pessoas chegaram à sede da TV em Caracas em motocicletas e invadiram o imóvel. Na sequência, eles lançaram várias bombas de gás lacrimogêneo no interior do imóvel. Durante a ação, eles exibiram cartazes do partido Unidade Popular Venezuelana (UPV), favorável a Chávez, e usaram quepes vermelhos similares aos do presidente.

Funcionários da Globovisión disseram ter sido ameaçados com armas. Segundo comunicado publicado pela TV em seu site, um segurança sofreu queimaduras de primeiro grau ao tentar "evitar que o gás lacrimogêneo afetasse seus empregados" e uma funcionária, que está grávida, sofreu um desmaio.

De acordo com a TV, nas imagens do ataque, é possível reconhecer a dirigente da UPV, a conhecida ativista chavista Lina Ron.

"Essa última ação, executada por intolerantes do partido de Chávez, busca desestabilizar e calar a imprensa independente", disse o presidente da SIP. Ele enviou sua solidariedade aos trabalhadores da Globovisión, "frente a esse atropelo levado a cabo, com total impunidade, e incentivado pelo discurso de ódio das mais altas autoridades da Venezuela".

Em comunicado, a SIP ressaltou ainda que "em todos os níveis, o governo venezuelano toma medidas legais e judiciais para acabar com a imprensa crítica".

Governo

O ministro do Interior da Venezuela, Tareq El Aissami, condenou o que chamou de ação "criminosa" contra emissora e afirmou que os responsáveis serão levados à Justiça, pois o governo, segundo ele, "não aceita que a violência seja o instrumento para resolver nossas diferenças".

Fontes: FOLHA - REUTERS

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