Devolução de lixo para Inglaterra é adiada para amanhã

Devolução de lixo atrasa

GUARUJÁ - O embarque dos 41 contêineres com 970 toneladas de lixo inglês descobertos no Porto de Santos no início de junho está programado para acontecer durante a madrugada desta quarta-feira. Toda a logística para o reenvio da carga estava pronta desde a tarde de hoje, mas a atracação do navio MSC Oriane foi adiada das 16 horas para as 20h30 por causa do mau tempo. O navio MSC Oriane chegou a Santos depois de deixar o Porto do Rio Grande (RS) ontem, onde a embarcação foi carregada com 40 dos 48 contêineres com o mesmo tipo de lixo que estavam no Estado - os oito contêineres armazenados em uma estação aduaneira (porto seco) em Caxias do Sul deverão ser devolvidos em uma segunda etapa.

A operação do navio no terminal da Santos Brasil, na margem esquerda do Porto de Santos, no Guarujá, está programada para começar por volta das 21h30, mas o lixo deverá ser embarcado apenas depois da meia-noite, após o desembarque de mercadorias de importação. A previsão é que o navio deixe o Porto de Santos ao meio-dia desta quarta-feira, com destino ao Porto de Felixstowe, na Inglaterra. A chefe do escritório regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Santos, Ingrid Maria Furlan Oberg, fez mais uma interrupção em suas férias para acompanhar o embarque da carga no terminal. "Mas vai tudo embora, com certeza", disse a bióloga, aliviada.

Além do Ibama, que aplicou multas aos responsáveis pela importação e transporte da carga, a descoberta do lixo inglês mobilizou diversos órgãos: a Polícia Federal instaurou inquérito para apurar crimes como o de falsa declaração de conteúdo, pois na documentação de importação a carga foi descrita como polímero de etileno e resíduos plásticos para a reciclagem. O Ministério do Meio Ambiente recorreu ao Itamaraty, que contatou o Reino Unido e o Secretariado da Convenção de Basileia, que em 1993 proibiu o transporte internacional de lixo. A Justiça Federal determinou a devolução da carga e a Receita Federal trabalhou no rastreamento dos contêineres com lixo.

Fonte: ESTADO

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