Clinton e jornalistas libertadas por Pyongyang chegam aos EUA

Americanas condenadas a 12 anos de trabalho forçado são perdoadas após reunião entre Kim e ex-presidente

Laura Ling (alto) e Euna Lee desembarcam em Los Angeles

LOS ANGELES - O ex-presidente Bill Clinton e duas jornalistas americanas chegaram na manhã desta quarta-feira, 5, aos Estados Unidos para uma esperada reunião das repórteres com familiares e amigos. As jornalistas Euna Lee e Laura Ling obtiveram perdão do governo norte-coreano na terça-feira, depois de Clinton ter viajado sigilosamente à Coreia do Norte para negociar as libertações. O presidente Barack Obama saudou a "extraordinária" tarefa desempenhada por Clinton para garantir o retorno das americanas.

O presidente norte-coreano, Kim Jong Il, comutou as penas de 12 anos de trabalhos forçados às quais as duas foram condenadas por terem entrado ilegalmente no país no início do ano, quando realizavam uma reportagem na fronteira entre a China e a Coreia do Norte, para a Current TV, empreendimento midiático do ex-vice-presidente americano Al Gore.

Vestindo calça jeans e camisetas, as duas pareciam bem de saúde quando subiam no avião e cumprimentavam o ex-presidente americano. Clinton colocou sua mão sobre o coração e então fez uma saudação final às autoridades norte-coreanas no aeroporto. Da pista do aeroporto, funcionários norte-coreanos acenavam enquanto o avião partia. Matt McKenna, porta-voz de Clinton, disse que a aeronave deixou de Pyongyang e seguia com destino a Los Angeles, onde Euna Lee e Laura Ling se reuniriam com familiares e amigos.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, comemorou a libertação da dupla. "Eu conversei com meu marido por telefone e tudo correu bem", disse Hillary a jornalistas em Nairóbi, onde participa de uma conferência comercial EUA-África. Segundo o jornal americano The New York Times, Hillary também estava profundamente envolvida no caso, e propôs o envio de várias pessoas ao país, incluindo o ex-vice-presidente e dono do canal de TV em que as jovens trabalhavam, Al Gore, para negociar a soltura antes que Clinton surgisse como a escolha dos norte-coreanos. Há cerca de dez dias, Gore pediu para que Clinton fosse até Pyongyang, desde que a administração Obama concordasse.

Segundo uma autoridade norte-americana, Clinton não prometeu nenhuma recompensa ao governo de Pyongyang para conseguir a libertação. A fonte disse que Clinton conversou com o líder norte-coreano sobre "as coisas positivas que podem acontecer" a partir da libertação de Laura e Euna. A fonte do governo Obama não deu mais detalhes, mas alguns analistas especularam que a visita de Clinton e as negociações com o líder norte-coreano Kim Jong-il podem abrir as portas para a retomada das conversações sobre o desarmamento da Coreia do Norte.

"O presidente Clinton deixou claro que essa era uma missão humanitária puramente particular", disse a autoridade dos EUA a jornalistas em Washington, após Kim ter perdoado as jornalistas e permitido que elas voltassem a Los Angeles com Clinton. A Coreia do Norte havia concordado antes da viagem de Clinton que a visita do ex-presidente não teria ligação com a questão nuclear, disse a autoridade, falando sob condição de anonimato.

'Soube que pesadelo havia acabado quando vi Clinton'

A jornalista americana Laura Ling, libertada pela Coreia do Norte junto com sua colega Euna Lee devido à viagem do ex-presidente Bill Clinton ao país comunista, contou ao desembarcar nos EUA que, ao encontrar o enviado americano "soube que o pesadelo havia acabado".

As duas jornalistas norte-americanas libertadas pela Coreia do Norte após meses de prisão retornaram aos EUA nesta quarta-feira, 5, acompanhadas de Clinton, que obteve a libertação delas em um encontro com o recluso líder do país comunista King Jong-il. Laura Ling, de 32 anos, e Euna Lee, de 36, repórteres da TV a cabo Current, que tem como um dos fundadores o vice-presidente de Clinton, Al Gore, desembarcaram com o ex-presidente num jato privado, no aeroporto de Burbank, perto de Los Angeles, vindo diretamente da Coreia do Norte.

Laura levantou os braços quando as duas desceram do avião para um encontro cheio de lágrimas com suas famílias no hangar do aeroporto. "Trinta horas atrás, éramos prisioneiras na Coreia do Norte. Estávamos com medo de que a qualquer momento podíamos nos tornar prisioneiras de um campo de trabalho forçado e então nos disseram que estávamos indo para uma reunião", disse Laura enquanto chorava.

"Fomos levadas para um lugar e quando passamos pela porta, vimos o ex-presidente Bill Clinton. Ficamos chocadas, mas sentimos em nossos corações que naquela hora o nosso pesadelo estava chegando ao fim. E agora estamos aqui, livres, em nossos lares", disse a jornalista, remontando os momentos finais como prisioneira na Coreia do Norte. A jornalista agradeceu a todos, conhecidos ou não, que fizeram campanha pela libertação delas. "Nós pudemos sentir seu amor todo o tempo na Coreia do Norte. Foi o que nos manteve firmes nas horas mais sombrias."

Laura agradeceu ao atual presidente americano, Barack Obama, à secretária de Estado dos Eua, Hillary Clinton, e expressou sua gratidão ao "governo da Coreia do Norte pela anistia concedida" a si e sua amiga.

Os familiares das jornalistas, assim como dezenas de repórteres, estavam reunidos nos aeroporto horas antes das ex-prisioneiras chegarem. O reencontro, ocorrido ainda na escada de desembarque do avião, foi acompanhado por canais de todo o mundo e extremamente emotivo. Entre os que esperavam Laura e Euna estava Al Gore, ex-vice-presidente e dono do canal de notícias para o qual trabalhavam, o Current TV. Gore e os familiares agradeceram ao ex-mandatário Clinton, o principal responsável pela libertação das jornalistas.

Clinton foi recebido com fortes aplausos e um abraço de Gore. "O presidente (Barack) Obama e um número incontável de pessoas de seu governo estiveram profundamente envolvidos", disse Gore. Obama disse estar "extraordinariamente aliviado" com o retorno das duas jornalistas e relatou ter conversado com Clinton. "Quero agradecer ao presidente Clinton - já tive a oportunidade de falar com ele - pelo extraordinário esforço humanitário que resultou na libertação das duas jornalistas", disse Obama.

A mulher de Clinton, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse a repórteres em Nairóbi, no Quênia, que está feliz e aliviada. Ela acrescentou que não há conexão entre o esforço para libertar as duas jornalistas e a espinhosa questão nuclear com a Coreia do Norte.

Laura agradeceu ao atual presidente americano, Barack Obama, à secretária de Estado dos Eua, Hillary Clinton, e expressou sua gratidão ao "governo da Coreia do Norte pela anistia concedida" a si e sua amiga.

Os familiares das jornalistas, assim como dezenas de repórteres, estavam reunidos nos aeroporto horas antes das ex-prisioneiras chegarem. O reencontro, ocorrido ainda na escada de desembarque do avião, foi acompanhado por canais de todo o mundo e extremamente emotivo. Entre os que esperavam Laura e Euna estava Al Gore, ex-vice-presidente e dono do canal de notícias para o qual trabalhavam, o Current TV. Gore e os familiares agradeceram ao ex-mandatário Clinton, o principal responsável pela libertação das jornalistas.

Clinton foi recebido com fortes aplausos e um abraço de Gore. "O presidente (Barack) Obama e um número incontável de pessoas de seu governo estiveram profundamente envolvidos", disse Gore. Obama disse estar "extraordinariamente aliviado" com o retorno das duas jornalistas e relatou ter conversado com Clinton. "Quero agradecer ao presidente Clinton - já tive a oportunidade de falar com ele - pelo extraordinário esforço humanitário que resultou na libertação das duas jornalistas", disse Obama.

A mulher de Clinton, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse a repórteres em Nairóbi, no Quênia, que está feliz e aliviada. Ela acrescentou que não há conexão entre o esforço para libertar as duas jornalistas e a espinhosa questão nuclear com a Coreia do Norte.


As jornalistas Laura Ling e Euna Lee se reencontram com familiares no retorno aos Estados Unidos após libertação na Coreia do Norte (Foto: Reuters)


As jornalistas americanas libertadas pela Coreia do Norte, na chegada aos Estados Unidos (Foto: Reuters)




Chegada das jornalistas americanas libertadas na Coréia do Norte.Repercussões ao vivo

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