Protestos de muçulmanos na China deixam ao menos 129 mortos

Protestos e repressão

Um protesto da minoria étnica muçulmana uigur no oeste da China deixou ao menos 129 mortos e 816 feridos desde o começo deste domingo. A agência de notícias Xinhua informa que os manifestantes tomaram as ruas para reclamar da morte de dois chineses da etnia na semana passada.

A polícia estima que até 3.000 pessoas tenham saído às ruas de Urumqi (3.270 km de Pequim), capital da região autônoma de Xinjiang. A cidade, com população de 2,3 milhões de pessoas, é o local de maior concentração da população muçulmana na China.

Redes de TV chinesas mostram os manifestantes quebrando lojas e virando carros da cidade no ato violento. O governo local diz que o levante foi em resposta à morte de dois uigures durante a greve de uma fábrica na cidade de Shaoguan, na mesma região.

"Depois do incidente [em Shaoguan], as forças externas acharam um motivo para nos atacar, incitando estes protestos de rua", afirmou Nuer Baikeli, governador de Xinjiang. As "forças externas" a que ele se refere são os grupos separatistas que atuam na região.

"Em Xinjiang, nada pode ser falado para não ameaçar a estabilidade", afirmou Nuer Baikeli, também um uigur.

A polícia divulgou nesta segunda-feira que ao menos dez pessoas foram presas acusadas de incitar os protestos. "Agora a situação está sob controle", informou a instituição, em nota.

Os uigures são uma minoria de origem turca predominantemente muçulmana que se concentra no noroeste da China. Muitos dos uigures da região reclamam que estão sendo marginalizados econômica e politicamente em suas próprias terras, que possui ricas reservas de gás natural e minerais. Há entre 15 milhões e 20 milhões de islâmicos na China, quase a metade em Xinjiang. Os chineses da etnia han formam cerca 91,5% da população do país.

Atualização: 05:37BRT - 08:37UTC

Segundo o governo local, cerca de 260 veículos foram atacados e 203 casas ou lojas ficaram destruídas durante protesto em Xinjiang

Um protesto da minoria étnica uigur no oeste da China deixou ao menos 140 mortos e 828 feridos na Província de Xinjiang, de maioria muçulmana. Um protesto contra discriminação que começou pacificamente, no domingo (5), terminou em um confronto de civis contra policiais e militares.

Segundo a agência de notícias Xinhua, entre 1.000 e 3.000 pessoas saíram às ruas de Urumqi (3.270 km de Pequim), capital da região autônoma de Xinjiang, para protestar contra a morte de dois uigures em uma fábrica de brinquedos do sul do país, após eles terem sido linchados. Os uigures criticavam a discriminação por parte da etnia han, dominante no país.

A manifestação rapidamente se tornou um ato de vandalismo na cidade. Redes de TV chinesas mostraram os manifestantes quebrando lojas e queimando carros da cidade. Wu Nong, diretor do departamento de imprensa do governo local, informou que 260 veículos foram atacados e 203 casas ou lojas ficaram destruídas.

A polícia e militares do Exército chinês foram chamados para conter a manifestação. Segundo os civis, o grupo foi duramente reprimido pela polícia antes de começarem os episódios de violência. Os manifestantes acusam a polícia de atirar indiscriminadamente contra os civis.

"Ficamos extremamente preocupados com esse uso da força pelas forças de segurança chinesas contra menifestantes pacíficos", afirmou Alim Seytoff, vice-presidente da associação uigur americana, em Washington. "Pedimos que a comunidade internacional condene as mortes de uigures inocentes."

O governo chinês diz que o levante foi incentivado por grupos separatistas exilados que subverteram a ordem na região.

A polícia divulgou nesta segunda-feira que ao menos dez pessoas foram presas acusadas de incitar os protestos. Foi decretado toque de recolher na região e "agora a situação está sob controle", informou nota da polícia.

A cidade, com população de 2,3 milhões de pessoas, é o local de maior concentração da população muçulmana na China. Os uigures são uma minoria predominantemente muçulmana.



Fontes: FOLHA - Efe - TV Globo

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