Vaticano quer colaborar com a reativação do LHC na Suíça

O LHC, maior acelerador de partículas do mundo, foi colocado em funcionamento no dia 10 de setembro

GENEBRA - O Vaticano negocia uma parceria entre seu laboratório de astronomia, o La Specola, e o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), para reativar o acelerador de partículas LHC no segundo semestre deste ano.

O cardeal Giovanni Lajolo, presidente da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano, visitou o Cern, em Genebra, nos últimos dias. Ele se reuniu com o diretor-geral do centro, Rolf Heuer.

"O conhecimento sobre a origem do Universo não pode deixar de interessar também a quem lida com as relações entre a fé e a razão", explicou o sacerdote.

O LHC, maior acelerador de partículas do mundo, foi colocado em funcionamento no dia 10 de setembro do ano passado, mas teve de ser desativado nove dias depois.

O equipamento apresentou um problema em um de seus supercondutores, que tinha a função de conduzir as partículas ao longo de seus 27 quilômetros.

O custo final para reparar o defeito é estimado entre US$ 26 milhões e US$ 35 milhões, de acordo com a direção do projeto.

Calcula-se que o investimento feito ao longo dos 12 anos de construção do acelerador de partículas tenha sido de 3,76 bilhões de euros.

Último ímã do LHC foi colocado no túnel do acelerador
Maior acelerador de partículas do mundo está paralisado desde que sofreu um acidente em 2008

O mageneto, já posicionado no túnel do acelerador de partículas

O quinquagésimo-terceiro e último dos ímãs de reposição do Grande Colisor de Hádrons (LHC) foi baixado no túnel do acelerador no dia 30 de abril, marcando o fim de uma etapa dos trabalhos de conserto que se seguiram ao incidente de setembro de 2008, e que forçou o LHC a interromper suas operações.

No subsolo, os magnetos serão interconectados, e novos sistemas, instalados para evitar incidentes similares. O LHC deverá ser reativado no outono do hemisfério norte, e operar continuamente até ser capaz de oferecer os primeiros resultados de seus experimentos científicos.

O último magneto, de quatro polos, criado para focalizar o raio de partículas que circulará pelo túnel, foi baixado e começou sua viagem para o setor 3-4, onde ocorreu o acidente de setembro.

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