Os professores da USP (Universidade de São Paulo) decidiram iniciar greve nesta sexta-feira, um mês após o início da paralisação dos funcionários da universidade por reajustes salariais. Após reunião extraordinária realizada nesta quinta, os docentes decidiram cruzar os braços como forma de pressionar o Cruesp (conselho de reitores da USP) para negociar os aumentos.
Os docentes só optaram pela greve para protestar contra a entrada da Polícia Militar no campus, nesta semana. Na segunda-feira, 150 policiais militares entraram na universidade para cumprir um mandado de reintegração de posse pedido à Justiça pela reitora Suely Vilela.
Funcionários fechavam, desde a semana passada, a reitoria da USP. Outros seis prédios também estavam bloqueados desde o começo de maio. O grupo pede reajuste salarial de 17%, além da incorporação de R$ 200, enquanto o Cruesp propôs dar aumento de 6,05%.
Os professores defendem um aumento de 10% nos seus salários, além de reposição inflacionária referente aos últimos 12 meses, segundo a Adusp (Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo).
As negociações entre os sindicatos e a universidade foram suspensas no dia 25, quando um grupo de estudantes ocupou a reitoria ao tentar participar das reuniões.
Por meio de nota, o Cruesp afirma que só voltará a negociar após o fim das greves. Já os professores, alunos e funcionários afirmam que só vão ceder quando a PM sair do campus, onde permanece desde terça.
A USP afirmou que a entrada da polícia no campus foi uma decisão da Justiça, e que os policiais só retornaram porque os grevistas descumpriram determinação judicial ao voltar a fechar prédios.
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