A Air France informou nesta segunda-feira (1º) que 80 brasileiros estão entre os passageiros do voo AF 447, que desapareceu enquanto fazia a rota entre Rio de Janeiro e Paris. O avião carrega 228 pessoas, sendo 12 tripulantes e 216 passageiros --82 mulheres, 126 homens, sete crianças e um bebê.
Segundo a empresa, há ainda 76 franceses, 18 alemães, nove italianos, seis norte-americanos, cinco chineses, quatro húngaros, dois espanhóis, dois ingleses, dois marroquinos e dois irlandeses.
Há também um passageiro de cada um desses países: Angola, Argentina, Bélgica, Islândia, Filipinas, Noruega, Polônia, Romênia, Rússia, Eslováquia, Suécia, Áustria e Turquia. De acordo com a Air France, há dificuldade na identificação de alguns passageiros, em razão de eles não terem preenchido o cartão de embarque.
Família Orleans e Bragança confirma que príncipe brasileiro estava no voo
A família Orleans e Bragança, herdeira da família real brasileira, confirmou que o príncipe Pedro Luis de Orleans e Bragança, estava no voo AF 447, que desapareceu na noite de domingo (31). Ele era o único integrante da família presente no voo.
Descendente de dom Pedro 2º e filho do príncipe dom Antônio, Pedro Luis, 26, é o quarto na linha sucessória do trono. As informações foram repassadas pelo escritório que representa a família Orleans e Bragança, em São Paulo.
Falta de ponto exato dificulta buscas, diz Aeronáutica
O comando da Aeronáutica nesta segunda-feira, 1º, que até o momento não há nenhuma captação de sinal do equipamento de emergência da aeronave da Air France que fazia o voo 447, entre o Rio e Paris, e que está desaparecida desde a madrugada. Ainda segundo a Aeronáutica nenhum avião que sobrevoa a rota neste momento recebeu pedido do socorro do voo AF 447 por meio da frequência internacional de emergência. A Aeronáutica informa ainda estar com cinco aviões, três navios e dois helicópteros na operação de busca e resgate.
O vice-chefe do centro de comunicação social da Aeronáutica, coronel Jorge Amaral, informou que a Força Aérea Americana se colocou à disposição para ajudar nas operações de busca. Segundo ele, a maior dificuldade no momento está relacionada à falta de um ponto exato onde pode ter acontecido o acidente. Outra dificuldade, destacou, é o fato de a pane ter ocorrido sobre o Oceano Atlântico.
A Força Aérea Brasileira (FAB) enviou durante a manhã três aviões para vasculhar a área do oceano Atlântico, onde o Airbus fez o último contato com os radares. Um P-95 e um C-130 Hercules, com equipes especializadas em busca e resgate, decolaram por volta das 9 horas da manhã. Outro C-130 Hércules decolou por volta das 10h30 para se somar à busca.
A Marinha enviou uma patrulha de Natal (RN) em direção à área, além de uma fragata com helicóptero e uma corveta ancoradas em Salvador (BA), e entrou em contato com todos os navios mercantes que estão na região para pedir que eles se integrem nas buscas.
França
De acordo com a embaixada francesa em Dacar, um avião militar francês deixou uma base no Senegal para participar das buscas da aeronave da Air France. O avião Breguet Atlantique partiu da principal base militar. O Atlantique é um avião de reconhecimento de longo alcance.
Gabinete de crise
A diretora-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, está no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Tom Jobim, no Galeão, onde foi montado um gabinete de crise, para acompanhar as buscas ao avião da Air France. A informação é da Assessoria de Imprensa da Anac. Além de Solange Vieira, permanecerão no Galeão, dirigentes da Infraero e representantes da Aeronáutica.
Voo 447 pode ter tido problemas em zona intertropical
Foto de satélite, tirada 2 horas da manhã,
Uma das possíveis causas para o desaparecimento do Airbus A330 da Air France, que saiu do Rio de Janeiro com destino a Paris, é a condição climática da região onde o avião teria desaparecido. Trata-se da chamada zona de convergência intertropical, onde há a formação de muitas áreas de instabilidade, com raios e tempestades.
De acordo com a meteorologista da Climatempo, Fabiana Weykamp, esta hipótese não pode ser descartada, mas ela destaca que esta zona de convergência intertropical é muito conhecida de pilotos e companhias aéreas. Portanto, esta instabilidade da região seria levada em conta no plano de voo da aeronave da Air France.
Fabiana lembra, contudo, que as fortes chuvas que atingiram Maranhão e Piauí nos últimos dias foram provocadas pela força da zona de convergência intertropical que se formou no norte do País nas últimas semanas. "Esta região tem a convergência de ventos alísios, o que diminui a pressão na região, favorecendo a formação de nuvens carregadas na direção do Equador. Dependendo da época do ano, esta zona de nuvens carregadas oscila acima ou abaixo do Equador", explica.
A meteorologista informa ainda que o topo desta região de instabilidade fica a 10 km do solo. No último contato feito pelo voo 447 da Air France, às 22h48 (horário de Brasília, a aeronave voava normalmente a 35.000 pés (11 quilômetros) de altitude e a uma velocidade de 453 KT (840 quilômetros por hora). O próximo contato deveria ter sido feito às 23h20 com o Cindacta III, o que não aconteceu.
Às 8h30 (horário de Brasília), desta segunda-feira, dia 1º, a Air France informou ao Cindacta III que a aproximadamente 100 quilômetros da posição Tasil, a 1.228 quilômetros de Natal, o voo 447 enviou uma mensagem para a companhia informando problemas técnicos na aeronave (perda de pressurização e falha no sistema elétrico).
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