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A Aeronáutica informou nesta terça-feira que seus radares identificaram manchas de óleo e sinais metálicos a 720 km de Fernando de Noronha (PE). A Aeronáutica avalia a possibilidade desses sinais serem destroços do avião da Air France que desapareceu domingo no tajeto Rio-Paris.
No entanto, a Aeronáutica informou que a confirmação só poderá ser feita amanhã, com a chegada de navios ao local.
Os sinais metálicos e manchas de óleo estão próximos do arquipélago de São Paulo e São Pedro. O local coincide com o relato de um piloto da TAM, que disse ter avistado sinais amarelos (que poderiam ser fogo) nessas imediações.
O Bom Dia Brasil da Rede Globo, está em contato com André Sampaio que mora em Fernando de Noronha e que tem uma central de rádio amador. Ele está em contato o tempo inteiro com os pilotos da Força Aérea Brasileira que estão sobrevoando o local de buscas.
Ele ouviu pelo rádio a informação de oficiais de que eles teriam visto alguns vestígios no mar, perto das ilhas de São Pedro e São Paulo, a 870 quilômetros de Fernando de Noronha. Esses vestígios poderiam ser de restos da aeronave, mas não há nada ainda muito certo.
As buscas, coordenadas pela Aeronáutica, continuam. O Cindacta 3, o controle de defesa do tráfego aéreo e que tem sede no Recife, também está auxiliando nas buscas.
A repórter Bianka Carvalho falou com André Sampaio por telefone. Ele disse que ouviu dos oficiais da FAB que teria sido avistada uma poltrona que pode ser da aeronave desaparecida na noite de domingo. Essa poltrona foi avistada a cerca de 720 quilômetros do arquipélago de Fernando de Noronha e a 160 quilômetros das ilhas de São Pedro e São Paulo.
Também foi avistada uma mancha que André Sampaio acredita ser de querosene e pedaços que podem ser destroços do Airbus da Air France.
Aviões se revezam sem descanso, sobre uma área de 1,2 mil quilômetros quadrados, para localizar os destroços do avião da Air France. Não é possível estabelecer um prazo para as buscas, porque a Aeronáutica não sabe o que vai encontrar.
O centro de Comunicação Social da Aeronáutica está em contato com os pilotos do C-130, que sobrevoam uma área a nordeste de Fernando de Noronha, para saber se eles tiveram algum contato visual com destroços do avião, como peças metálicas. Por enquanto, não há confirmação.
Para a Aeronáutica, existe uma área com forte indício de que haja algo, mas não se sabe o quê.
Em Brasília, o Bom Dia Brasil conversou também com Jorge Amaral, vice-chefe da Comunicação Social da Aeronáutica, sobre essa notícia.
Bom Dia Brasil – Foi a partir dessa notícia que aviões decolaram e estão no ponto onde podem ter sido avistados possíveis destroços? O que há até agora de informação?
Jorge Amaral, vice-chefe da Comunicação Social da Aeronáutica – Eu não posso confirmar essa informação. O que nós temos é que a aeronave fez a varredura durante a madrugada. Em função da variação da corrente marítima e de vários outros dados, os aviões estão cobrindo quatro áreas diferentes ao norte de Noronha e à direita da rota da aeronave. Porém, informações sobre peças da aeronave ou a poltrona, eu não tenho. Nós temos nossos links de comunicação. Não fazemos contato com rádio amador, em uma operação como essa.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, que estava na Namíbia, antecipou sua volta ao Brasil. Ele vai acompanhar as investigações. Ainda há dúvida sobre quem será responsável: Brasil ou França. É necessário que se saiba exatamente onde o avião está: se é área de responsabilidade brasileira ou do Senegal. Nesse caso, a responsabilidade fica para quem é dona do avião, no caso a França.
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