Pyongyang prepara lançamento de míssil intercontinental, diz Yonhap

Movimentos detectados em instalações militares levam a crer que a Coreia do Norte está preparando o lançamento de um míssil intercontinental, dizem fontes anônimas citadas hoje pela agência sul-coreana Yonhap.

A notícia também foi repercutida nesta sexta por um jornal sul-coreano e por alguns funcionários do Pentágono norte-americano, que, sob condição de anonimato, informaram que os satélites do país captaram movimentação em um dos locais usados pela Coreia do Norte para lançar mísseis de longo alcance, o que pode indicar a iminência de um novo lançamento.

As fontes da Yonhap asseguram que a Coreia do Sul dispõe de imagens de satélite de um trem de carga que transporta algo que poderia ser um míssil de longo alcance nas cercanias de Pyongyang.

Segundo a Yonhap, a preparação para o lançamento levaria uns dois meses, mas o especialista assinalou que o processo poderia ser finalizado em duas semanas, e o lançamento poderia ocorrer em meados de junho.

Também outras fontes de defesa consultadas pela agência de notícias revelaram que foram detectados movimentos em uma fábrica de armamentos norte-coreana utilizada para a fabricação de mísseis.

Tanto a Coreia do Sul quanto os Estados Unidos acreditam que o regime comunista de Pyongyang estaria preparando o lançamento de um míssil intercontinental do tipo Taepodong, teoricamente capaz de alcançar o Alasca ou o Havaí.

O lançamento de um míssil de longo alcance se somaria aos outros mais recentes de projéteis de curto alcance, lançados da costa leste norte-coreana e criticados por toda a comunidade internacional.

Nesta sexta-feira, em um discurso em Cingapura, na conferência anual sobre a segurança regional, o secretário de Defesa americano, Robert Gates, declarou que os Estados Unidos "não aceitarão uma Coreia do Norte equipada com armas nucleares".

"A política dos Estados Unidos não mudou. Nosso objetivo é a desnuclearização completa e inquestionável da península coreana, e nós não vamos aceitar que a Coreia do Norte seja um Estado nuclearizado", afirmou.

Ele disse que a transferência de armas ou materiais nucleares da Coreia do Norte para outros Estados ou grupos não estatais "seria considerada uma grave ameaça para os Estados Unidos e seus aliados".

Conselho de Segurança

É por infringir os termos das sanções impostas em 2006 que a Coreia do Norte será alvo de uma nova resolução, por parte do Conselho de Segurança da ONU. Os membros da entidade discutem atualmente quais sanções adotar contra a Coreia do Norte de modo a não agravar o isolamento daquele país e congelar as negociações pela desnuclearização.

Pyongyang afirma que os cinco representantes permanentes do Conselho de Segurança --Estados Unidos, Rússia, França, China e Reino Unido-- são "hipócritas", pois realizaram "99,99% de todos os testes nucleares". "O teste conduzido por nossa nação desta vez é o número 2.054 da Terra", afirmou o Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte.

Embaixadores dos cinco membros permanentes e dos dois países mais afetados, Japão e Coreia do Sul, reuniram sugestões a serem debatidas em reuniões. Um diplomata afirmou nesta quinta-feira (28) que a lista inclui um embargo ainda maior sobre armas e restrições para as operações financeiras e bancárias do regime comunista.


EUA dizem que não aceitarão armas nucleares na Coreia do Norte

Os Estados Unidos "não aceitarão uma Coreia do Norte equipada com armas nucleares", disse neste sábado (noite de sexta-feira no Brasil) o secretário de Defesa americano, Robert Gates, em um discurso em Cingapura, na conferência anual sobre a segurança regional.

"A política dos Estados Unidos não mudou. Nosso objetivo é a desnuclearização completa e inquestionável da península coreana, e nós não vamos aceitar que a Coreia do Norte seja um Estado nuclearizado", afirmou.

Ele disse que a transferência de armas ou materiais nucleares da Coreia do Norte para outros Estados ou grupos não estatais "seria considerada uma grave ameaça para os Estados Unidos e seus aliados".

A advertência de Gates aconteceu no mesmo dia em que um jornal sul-coreano informou que a Coreia do Norte prepara-se para levar um míssil balístico intercontinental de uma fábrica perto de Pyongyang para uma base de lançamento na costa leste do país. O jornal citou uma fonte anônima em Washington. Mais cedo, o governo do ditador Kim Jong-il já havia lançado um foguete de curto alcance, no sexto lançamento feito só nesta semana.

A fábrica ao norte da capital norte-coreana é a mesma onde foi fabricado o foguete de longo alcance Taepodong-2, que a Coreia do Norte lançou em 5 de abril, em descumprimento a uma resolução do Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas.

Na última segunda-feira, a Coreia do Norte foi mais longe no desafio à comunidade internacional e anunciou a realização de seu segundo teste nuclear, em uma região próxima ao local do primeiro teste, de 2006.

Conselho de Segurança

É por infringir os termos das sanções impostas em 2006 que a Coreia do Norte será alvo de uma nova resolução, por parte do Conselho de Segurança da ONU. Os membros da entidade discutem atualmente quais sanções adotar contra a Coreia do Norte de modo a não agravar o isolamento daquele país e congelar as negociações pela desnuclearização.

Pyongyang afirma que os cinco representantes permanentes do Conselho de Segurança --Estados Unidos, Rússia, França, China e Reino Unido-- são "hipócritas", pois realizaram "99,99% de todos os testes nucleares". "O teste conduzido por nossa nação desta vez é o número 2.054 da Terra", afirmou o Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte.

Embaixadores dos cinco membros permanentes e dos dois países mais afetados, Japão e Coreia do Sul, reuniram sugestões a serem debatidas em reuniões. Um diplomata afirmou nesta quinta-feira (28) que a lista inclui um embargo ainda maior sobre armas e restrições para as operações financeiras e bancárias do regime comunista.

Ásia

Analisando questões relacionadas à Defesa e à estabilidade asiática, Gates pediu em seu discurso em Cingapura uma maior cooperação da China com os EUA e que o regime chinês tenha mais transparência no setor de defesa. A declaração foi feita em um momento em que Washington se preocupa com a modernização do poderio militar chinês.

Referindo-se à situação em Mianmar, onde a junta militar que governa o país julga mais uma vez a opositora Suu Kyi, Gates disse que o diálogo deve ser retomado, e a líder política, libertada.

"Precisamos ver mudanças reais em Mianmar: a libertação de prisioneiros políticos, incluindo Aung San Suu Kyi, e a instituição de um diálogo significativo entre a junta militar e a oposição", afirmou, reforçando a pressão feita pela comunidade internacional nas últimas semanas em prol de Suu Kyi e da redemocratização do país asiático.

Por fim, Gates pediu aos aliados asiáticos dos EUA que se apresentem para ajudar Washington a pacificar e reconstruir o Afeganistão.

"O desafio no Afeganistão é tão complexo, e tão pouco tradicional, que só pode ser enfrentado por todos nós trabalhando em equipe", estimou o secretário.

"Todos precisam contribuir como puderem para uma causa que exige total atenção da comunidade internacional --uma causa que vale o sacrifício e é do interesse nacional de todos".

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