Governo alemão fecha acordo e Magna fica com Opel

O governo da Alemanha fechou acordo e a fabricante canadense de autopeças Magna vai assumir o controle da Opel, subsidiária alemã da GM (General Motors). O negócio contou com o apoio do banco estatal russo Sberbank e da montadora russa de caminhões GAZ. O governo alemão dará 1,5 bilhão de euros em empréstimo imediato para que a Opel continue a operar.

O acordo visa proteger a Opel de cobranças caso a americana GM peça proteção ao "Capítulo 11" da Lei de Falências americana --o equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil).

O ministro das Finanças alemão, Peer Steinbrueck, confirmou a jornalistas que um acordo para o resgate da Opel pela Magna havia sido finalmente alcançado após uma longa reunião, que reuniu lideranças políticas alemãs, autoridades do governo americano e representantes das empresas. O acordo prevê que a GAZ fabrique veículos da Opel na Rússia, financiada pelo Sberbank.

Durante o dia, Magna e GM conseguiram um acordo preliminar apresentado então a especialistas do governo de Berlim, entre eles ministros e técnicos. À noite, o acordo foi avalizado pelo governo alemão, que respaldará parte do negócio --o futuro da Opel e de seus 25 mil funcionários se tornou prioridade do governo alemão.

A venda da Opel, cujas operações eram cobiçadas também pela montadora italiana Fiat, é um dos últimos passos da empresa americana em busca de sua reestruturação. A GM tem até a próxima segunda-feira (1º) para enviar seu projeto de reforma ao governo dos Estados Unidos em troca de mais empréstimos, a fim de evitar a concordata --a montadora americana já convocou entrevista coletiva para tratar do assunto na segunda-feira.

A Fiat reiterou nesta sexta-feira o interesse na compra da Opel, embora tenha anunciado que não participaria das reuniões com o governo alemão. Para o grupo italiano, que fechou parceria com a Chrysler após seu pedido de concordata, não é razoável a Alemanha impor mais requisitos e aumentar o preço pela negociação.

"Já oferecemos aportar nossas atividades automobilísticas à fusão em uma base livre de dívidas e, portanto, proporcionar ativos substanciais e absolutamente necessários à fusão", afirmou o executivo-chefe da montadora italiana, Sergio Marchionne.

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