Presidente eleito será informado sobre questões de segurança nesta 5ª. Medida começa processo de transição entre o atual e o próximo governo.
O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, vai começar a receber nesta quinta-feira (6) os "briefings" sobre assuntos de inteligência que são entregues diariamente ao presidente George W. Bush.
Em carta aos funcionários da instituição, o diretor da CIA (agência norte-americana de inteligência), Mike McConnell, disse que Obama poderá "ver toda a gama de opções que realizamos" em benefício do país.
Em sua primeira sessão informativa, McConnell apresentará os assuntos a abordar, e dois funcionários da agência se encarregarão de desenvolvê-los para o presidente eleito.
Os briefings da CIA duram geralmente entre 45 minutos e uma hora, mas o primeiro de Obama deverá ser mais longo. Na reunião, ele começará a ter acesso a informação confidencial que ele não teve até hoje, nem como senador pelo Illinois.
Ente os principais assuntos dos quais Obama terá que se ocupar assim que assumir o poder, estão as guerras no Iraque e Afeganistão, assim como o papel do Paquistão na luta contra o movimento talibã e o grupo terrorista al-Qaeda, além dos programas nucleares do Irã e da Coréia do Norte e o futuro da prisão de Guantánamo, em Cuba.
Isso marca o início do processo de transição entre o atual e o próximo governo.
O presidente eleito passará toda esta semana em Chicago, onde se encontra a sede de sua campanha e onde começará a escolher sua equipe de governo.
Sua equipe de transição, liderada pelo ex-chefe de gabinete da Casa Branca John Podesta, deve começar a anunciar suas nomeações já a partir da próxima semana, muito mais rápido do que o habitual nos revezamentos de governo nos Estados Unidos.
O primeiro pode ocorrer inclusive ainda nesta semana, pois espera-se que Obama anuncie como seu chefe de gabinete (um posto-chave na Casa Branca) Rahm Emanuel, o chefe do grupo parlamentar democrata na Câmara de Representantes (deputados) e um grande aliado de Obama em Chicago.
Obama quer evitar os erros de seu antecessor democrata Bill Clinton, que, após vencer, em 1992, só anunciou seus principais colaboradores cinco dias antes da posse, sem tempo para que os titulares pudessem se colocar em dia sobre as prioridades de suas pastas.
O presidente eleito sabe que não pode perder tempo. Com uma grave crise financeira e duas guerras abertas, terá que pôr mãos à obra imediatamente para cumprir as promessas e as expectativas geradas por sua campanha.
O Pentágono também anunciou ter feito esforços para garantir uma passagem de poder sem percalços.
"Essa é a primeira transição em tempos de guerra desde 1968, desde a mudança de Johnson (Lyndon Johnson) para Nixon (Richard Nixon) durante a Guerra do Vietnã", afirmou na terça-feira Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono. "Estamos prontos para começar a repassar as informações ao próximo governo imediatamente."
Diferentemente de outros países, onde há continuidade no funcionalismo público, a maioria dos cargos no governo americano é de natureza política. São comuns as histórias de colaboradores da Casa Branca, que descobrem que arquivos desapareceram e que estão impossibilitados de continuar a trabalhar.
O novo presidente pode nomear até 7 mil funcionários para servir em sua administração. Em um primeiro momento, porém, ele se contenta, geralmente, com preencher os postos mais sensíveis. Para contratá-los, ele precisa do aval do Senado.
Em discurso nesta quarta-feira na Casa Branca, Bush voltou a parabenizar o rival pela vitória e disse que terá uma atitude de "total cooperação" com Obama no processo de transição de governo.
Bush já pediu que US$ 8,5 milhões do Orçamento 2009 sejam dedicados à transição, e a equipe de novo presidente terá escritórios na Casa Branca, assim como receberá briefings sobre todos os assuntos.
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