Obama e o fim dos escoteiros

Se Barack Obama conquistar a Presidência, será o fim dos escoteiros nos EUA. Isso mesmo. As políticas liberais de Obama vão forçar as associações de escoteiros a preferir o desmantelamento para evitar o risco de monitores gays dormindo em barracas de acampamento com garotinhos.

E isso é só o começo. As cidades americanas sofrerão terríveis ataques terroristas. Igrejas perderão suas isenções fiscais por barrarem casamentos gays. Pornografia praticamente será empurrada em cima de criancinhas. Médicos e enfermeiras serão forçados a praticar abortos em massa. O crime sofrerá uma escalada pela proibição do porte de armas. O discurso religioso será banido. Editores cristãos vão falir, Israel será arrasado por uma bomba nuclear, blecautes serão comuns devido a restrições energéticas ambientalistas, a Suprema Corte vai mandar prender evangélicos resistentes e boas famílias cristãs acabarão se mudando para a Austrália e a Nova Zelândia.

Esse é o cenário previsto em uma carta fictícia assinada por "um cristão em 2012" em caso de vitória do democrata. A carta, de 16 páginas, foi lançada nos Estados Unidos pela associação religiosa Focus on the Family (Foco na Família), um conglomerado que alcança com seus programas sociais e grupos de mídia cerca de 220 milhões de pessoas em 155 países.

Outros grupos cristãos ficaram furiosos. O líder evangélico Jim Wallis exigiu um pedido de desculpas do presidente e fundador da Focus on the Family, James Dobson. "Em época tão pouco civilizada na política, [a carta] mostra o tipo de liderança cristã negativa que se tornou tão embaraçosa para tantos de nossos irmãos cristãos na América", escreveu Wallis no site esquerdista "The Huffington Post".

David Waters, jornalista do "Washington Post", escreveu no blogue "On Faith" (sobre fé) que a carta é uma "história de horror" e a última edição do "fator medo" das eleições 2008. "Acho que o "A" de "A Christian" ("um cristão", como a carta está assinada) é uma abreviação para "Apocalíptico", disse Waters.

Antes de saber da carta, a Folha tentou por várias semanas entrevistar a Focus on the Family sobre sua visão das eleições deste ano, mas a associação recusou.

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails