TÓQUIO, 9 Out 2008 (AFP) - As Bolsas asiáticas entraram em pânico e enfrentavam uma sexta-feira negra, sofrendo suas maiores perdas pela manhã desde o início da crise financeira que sacode o planeta.
Em Tóquio, o índice Nikkei recuava 10,64% ou 974,12 pontos, a 8.183,37 unidades, no momento do intervalo do pregão, no final da manhã.
O índice ampliado Topix cedia 75,20 pontos ou 8,31%, a 829,91 unidades.
Esta é a primeira vez desde junho de 2003 que o Nikkei cai abaixo dos 9 mil pontos.
Em Hong Kong, a Bolsa abriu em queda de 7,7%, com o índice Hang Seng recuando 1.225,72 pontos, a 14.717,52.
Xangai iniciou com perda de 3,79%, com o Shanghai Composite Index cedendo 78,63 pontos, a 1.995,96.
Em Seul, a Bolsa sul-coreana mergulhava 7,5%, com o índice KOSPI cedendo 97,11 pontos, a 1.197,78 unidades.
Cingapura abriu em queda de mais de 7%, com o Straits Times perdendo 152,44 pontos, a 1.950,27 unidades.
Na Austrália, a Bolsa de Sydney perdia 6,5%, com o índice SP/ASX 200 caindo 282,3 pontos, a 4.038,6 unidades, no final da manhã.
"Os investidores fogem para o ouro. É o único valor sem risco, tudo mais está no vermelho", disse Lucinda Chan, da Macquarie Equities, no mercado australiano.
Na quinta-feira, Wall Street despencou, com o Dow Jones cedendo 7,33% e o Nasdaq, 5,47%, após uma onda de pânico no final da sessão que tomou conta dos investidores, preocupados com as perspectivas dos bancos e da General Motors.
Em meio ao pânico, o Banco do Japão (BoJ) injetou nesta sexta-feira 5,5 trilhões de ienes (41 bilhões de euros) no mercado bancário nacional, para enfrentar a falta de liquidez, na maior operação deste tipo no país desde o início da crise.
O BoJ intervém no mercado pelo 18º dia útil consecutivo, para socorrer os bancos japoneses sem liquidez.
Na véspera, o BoJ havia liberado o total de quatro trilhões de ienes (30 bilhões de euros), até então o maior volume de dinheiro em apenas um dia desde o início da crise.
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