Site Ning permite criar redes sociais de forma fácil e gratuita para reunir internautas ou comunidades do mundo offline
O que você faria se tivesse seu próprio Orkut? Com a atual moda de redes sociais, além de ter um perfil em serviços como Orkut, MySpace e Limão, já é possível montar o seu próprio site de relacionamentos, onde você controla quem terá um perfil, recursos disponíveis, assuntos debatidos... Parece uma idéia estapafúrdia? Pois já há quem descobriu que é uma forma de evitar ruídos de comunicação e até uma evolução da tradicional lista de discussão.
O “culpado” desse movimento é o serviço norte-americano Ning (www.ning.com). Criado em 2007, ele permite a qualquer um montar o “seu próprio Orkut” de forma rápida, fácil e gratuita. Hoje, já são 500 mil redes sociais, que tratam de temas tão díspares como arqueologia e a série Lost.
Para a pesquisadora em redes sociais da PUC de Pelotas Raquel Recuero, o Ning permite resgatar as discussões que ocorriam no Orkut em seus primórdios. “O Orkut ‘inflou’ muito. As comunidades perderam o sentido. Só servem para dizer que se ‘ama ou odeia’ algo. As pessoas não discutem mais. Em uma rede social mais focada, sem ruídos ou spam, as pessoas podem sentir-se mais à vontade para debater.”
“O nicho também é um componente importante”, diz a especialista em mídias sociais Ana Maria Brambilla. “As pessoas usam as ferramentas do site para interagir sobre temas mais focados. Se for sobre futebol, publicam fotos e vídeos sobre o assunto em seus perfis, o que não ocorre no Orkut.”
A idéia do Ning hoje não é fazer as pessoas abandonarem as grandes redes sociais. Embora permita criar um site em que os usuários podem montar perfis e até adicionar aplicativos, o intuito é ser uma segunda rede para assuntos específicos. E esses temas podem ser tanto relativos a um grupo que já se relaciona no mundo offline como os de interesse de um maior número de pessoas, atraindo internautas.
No primeiro caso, o servidor público João Alberto Tomacheski, de 38 anos, criou uma rede social só para os moradores de seu condomínio, que está em construção. “Discutimos o andamento das obras, o valor do condomínio, etc. É uma ótima preparação para a reunião de condomínio”, diz. “Uma comunidade no Orkut não traria a mesma privacidade.”
Já o webdesigner Oswaldo Salzano, de 30 anos, por outro lado, queria reunir internautas com a mesma paixão: o Corinthians. Com domínio próprio – e criado no Ning –, o www.loucoporticorinthians.com tem 50 mil usuários. “Embora haja comunidades no Orkut sobre o Corinthians com mais membros, em uma rede específica, as pessoas participam mais.” No site, há 60 mil fotos e 2 mil vídeos. Tudo sobre o “Timão”.
Para o executivo Rene de Paula, de 43 anos, o Ning “é uma evolução das listas de discussão”. Ele transformou a sua lista Radinho de Pilha, que existe desde 2001, em uma rede social. “O nível das discussões melhorou, pois as pessoas, ao criar perfis, precisam se identificar. E ganhamos em multimídia, já que é possível postar fotos e vídeos.”
E aí, já pensou em um tema para criar a sua rede social? Abaixo, o Link explica como criar, povoar e moderar “seu próprio Orkut”.
Visite o link abaixo, para parender montar sua rede social:
http://www.link.estadao.com.br/index.cfm?id_conteudo=14732
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