com Reuters e Efe
O Departamento do Tesouro negocia um empréstimo de US$ 5 bilhões à General Motors para facilitar a compra do Grupo Chrysler, informa nesta segunda-feira (27) o site do jornal "The Wall Street Journal".
O jornal revela que o dinheiro viria dos fundos liberados pelo Congresso para que o setor automobilístico tenha acesso a US$ 25 bilhões em empréstimos a juros baixos.
Segundo a Casa Branca, as companhias de financiamento dos fabricantes de automóveis poderão pedir ajuda como parte do plano de resgate financeiro de US$ 700 bilhões.
"É possível que alguns dos braços financeiros possam fazer parte do pacote de ajuda", disse hoje a porta-voz da Presidência, Dana Perino. "Essa é uma das razões pelas quais o Tesouro esteve em contato com elas", acrescentou.
O fundo de investimentos Cerberus possui 51% da GMAC, que é a firma de financiamento da General Motors, e todo o controle da Chrysler Financial. Os 49% restantes da GMAC continuam nas mãos da GM. Estas empresas, junto com a Ford Credit, o braço financeiro da Ford, oferecem empréstimos para a compra de veículos a indivíduos, assim como às concessionárias para a aquisição de estoque.
No caso da fusão GM-Chrysler, o Tesouro considera um valor em torno de US$ 5 bilhões, que poderia incluir injeção direta de capital ou empréstimo, afirmou uma fonte à Reuters, que falou em condição de anonimato. A decisão do governo dos EUA pode ser anunciada ainda nesta semana, completou a fonte.
A GM tem sondado o governo americano por ajuda financeira no negócio. De acordo com executivos ligados às empresas, o dinheiro federal é decisivo na conclusão da negociação. Hoje, porém, o vice-presidente do conselho de administração da General Motors, Bob Lutz, não quis comentar a notícia que a GM pediu ajuda ao Tesouro.
O jornal "The Detroit News" informou hoje que, para poder realizar a transação, a GM precisaria de ajuda federal para refinanciar US$ 10 bilhões de dívida.
Crise
As montadoras estão entre as empresas mais afetadas pela crise financeira no mundo, principalmente nos Estados Unidos, onde as vendas de carros desabaram. A empresa surgida da fusão de ambas teria controle de 36% do mercado automobilístico dos EUA.
Na semana passada, a Chrysler anunciou o corte de 6% de sua força de trabalho nos EUA, ou 1.825 vagas. A GM, por sua vez, anunciou que vai cortar benefícios concedidos a empregados e o corte mais funcionários.
No começo de outubro, a agência de classificação financeira Standard and Poor's havia diagnosticado que a GM poderia enfrentar sérios problemas de tesouraria a partir do próximo ano. A empresa acumulou mais de US$ 66 bilhões em perdas desde 2005.
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