GM e Chrysler discutem fusão, diz imprensa dos EUA

As montadoras de automóveis americanas General Motors e Chrysler conversam sobre uma possível fusão, de acordo com informações da imprensa dos Estados Unidos.

As negociações já estariam durando um mês, mas os detalhes do acordo variam desde uma fusão até uma aquisição da Chrysler pela GM.

A montadora GM é a maior dos Estados Unidos e a Chrysler a terceira, ficando atrás da Ford. Todas têm sofrido com a brusca queda nas vendas, que já são consideradas as mais baixas dos últimos 15 anos.

Nenhum representante das duas empresas se pronunciou oficialmente sobre as negociações.

Fontes do "Wall Street Journal" dizem que a Cerberus Capital Management, que detém 80,1% da Chrysler, propôs ceder suas operações automotivas à GM em troca da parte que a GM detém da GMAC Financial Services.

Já o jornal "The New York Times" fala da possibilidade de uma fusão de "50-50", apesar de ela poder levar semanas para ser finalizada e ter sido emperrada pela turbulência dos mercados financeiros.

O porta-voz da GM disse: "Sem me referir a este rumor específico, como nós temos dito várias vezes, representantes da GM discutem rotineiramente assuntos de interesse mútuo com outras montadoras de veículos."

Analistas questionaram a posição da Chrysler, que recebe 90% de seus rendimentos da América do Norte. As ações da GM atingiram a maior baixa dos últimos 60 anos.

As duas empresas foram afetadas duramente com a queda das vendas de picapes e tentam aprovar cortes de empregos apesar da oposição dos sindicatos.

A General Motors (GM) negou nesta sexta-feira que esteja se preparando para declarar moratória, após a dramática queda de suas ações na quinta-feira, que deixaram os papéis da montadora em seu nível mais baixo desde os anos 1950.

Em menos de um mês, o valor em bolsa da GM caiu 60%, dado que em 19 de setembro seus papéis cotavam a US$ 13 e hoje se movimentam em torno de US$ 5.

"Claramente encaramos dificuldades sem precedentes relacionadas com as incertezas nos mercados financeiros globalmente e o enfraquecimento dos fundamentos econômicos em muitos mercados-chave, mas a moratória não é uma opção que a GM está considerando', informou a companhia em comunicado.

A declaração da GM coincide com informações da imprensa de que a montadora estaria se preparando para fazer cortes na produção e fechar fábricas.

"A moratória não seria do interesse de nossos empregados, acionistas, provedores e clientes e achamos que a especulação sobre uma possível declaração é exagerada e não construtiva", acrescentou a GM.

As palavras da companhia se referiam às declarações de hoje do analista da S&P, Robert Schulz, durante uma entrevista à rede "Bloomberg" na qual afirmou que GM, Ford e Chrysler poderiam ser forçadas a declarar moratória perante a crise financeira e de vendas nos Estados Unidos.

A GM perdeu US$ 15,5 bilhões no segundo trimestre do ano. Nos nove primeiros meses de 2008, suas vendas nos EUA caíram 18,1% e a montadora não espera começar a se recuperar até 2010.

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