Derrocada da banca europeia continua com Islândia à beira da bancarrota


A crise juntou agora outro país à sua lista de vítimas: a Islândia está à beira da bancarrota. As bolsas mundiais estão hoje com uma tendência mista, pressionadas pela nacionalização de mais um banco na Islândia e reunião do governo britânico com os maiores bancos do país.

A situação na Islândia começou a agravar-se depois do governo islandês ter sido obrigado a adquirir uma participação de 75% do capital do Glitnir, o terceiro maior banco do país, por 600 milhões de euros. Com isto, a moeda islandesa caiu nos mercados cambiais e o risco de incumprimento ('default') da dívida pública disparou.

Já hoje, o Governo islandês teve de nacionalizar o LandsBanki, o segundo maior banco do país, e as dificuldades voltaram a agravar-se. A Islândia tem uma forte ligação ao mercado monetário do euro e necessita de cerca de 10 bilhões de euros até ao final do 2009 para alimentar o seu sistema financeiro.

Só que o banco central islandês só terá disponíveis, neste momento, cerca de metade desse valor, embora tenha anunciado que terá chegado a acordo com a Rússia para um empréstimo de quatro bilhões de euros. Um acordo, entretanto, já desmentido pelo vice-ministro russo das Finanças, Dimitri Pankine, citado pela agência noticiosa russa Ria-Novosti.

Na prática, a Islândia é uma economia em bancarrota: as reservas de moeda estrangeira são insuficientes para fazer face aos compromissos externos do país e a capacidade de endividamento internacional está seriamente afectada pela deterioração da qualidade de crédito - quer do Estado quer das instituições.

Enquanto isso, a moeda continua a perder valor e as dívidas em divisas estrangeiras tornam-se cada vez mais difíceis de pagar.

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