Bush aprova pacote de US$25 bi para montadoras


WASHINGTON - O presidente norte-americano, George W. Bush, sancionou na terça-feira um projeto com enormes gastos para manter o governo funcionando até março do ano que vem, incluindo um pacote de empréstimos de 25 bilhões de dólares para as montadoras.

A sanção vem depois de o Senado aprovar, no fim de semana, a lei de mais de 630 bilhões de dólares em gastos que serão usados para financiar os setores de defesa, educação, agricultura, saúde, ajuda externa e outros programas do governo após o ano fiscal ter terminado em 30 de setembro.

A lei separa 7,5 bilhões de dólares necessários para garantir o equivalente a 25 bilhões de dólares em empréstimos a juros baixos para ajudar General Motors, Ford e Chrysler a produzirem carros e caminhões que façam uso mais eficiente dos combustíveis.

As montadoras afirmaram que o pacote de garantias de empréstimos lhes dará acesso a capital num momento em que os mercados de crédito estão fechados e as companhias são levadas a investir em novas tecnologias para obedecer à nova legislação federal sobre economia do combustível.

O pacote de 25 bilhões de dólares, o maior subsídio federal para a indústria automotiva desde a ajuda dada a Chrysler em 1980, passou no Congresso na semana passada, quando todas as atenções estavam voltadas para o pacote de 700 bilhões de dólares para resgatar os mercados financeiros.

A GM, a Ford e a Chrysler afirmaram que podem seguir adiante sem a ajuda federal, mas também sugeriram que sem o subsídio, milhares de empregos do setor ficariam sob risco.

Os dois candidatos à Presidência dos EUA, o democrata Barack Obama e o republicano John McCain, apoiaram o pacote de empréstimo às montadoras. O pacote tem grande apoio em Estados importantes nas eleições presidenciais, como Michigan e Ohio.

As vendas de automóveis nos Estados Unidos têm caído por três anos consecutivos, forçando montadoras de Detroit a cortar empregos e reduzir novos investimentos. Até agosto, as vendas de automóveis nos EUA tinham queda de 11 por cento e caminhavam para o menor nível em 15 anos.

Importantes montadoras disseram que precisarão de até 100 bilhões de dólares em novos investimentos para reformular fábricas e investir em novas tecnologias.

As montadoras japonesas Toyota e Honda podem recorrer ao pacote de empréstimos, mas já afirmaram que não têm intenção de recorrer ao financiamento.

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