Bolsas sobem na Ásia e na Europa

da Folha Online

As Bolsas européias operam em alta nesta segunda-feira, com uma ligeira redução na volatilidade dos mercados vista na semana passada. As ações de bancos e petrolíferas tinham ganhos, depois de perdas expressivas nos últimos dias. O otimismo observado entre os investidores europeus também ajudou as Bolsas asiáticas hoje, com destaque para a Bolsa de Hong Kong, que teve alta de 4,34%.

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Às 8h07 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em alta de 1,67% no índice FTSE 100, indo para 4.131,36 pontos; a Bolsa de Paris subia 1,59% no índice CAC 40, indo para 3.382,85 pontos; a Bolsa de Frankfurt tinha alta de 1,13% no índice DAX, operando com 4.835,19 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha alta de 4,14% no índice AEX General, que estava com 262,71 pontos; a Bolsa de Milão tinha alta de 1,42% no índice MIBTel, que ia para 16.765 pontos; e a Bolsa de Zurique estava em alta de 0,61%, com 6.136,85 pontos no índice Swiss Market.

A alta no preço do petróleo nos últimos dias, que chegou a US$ 74 por barril, elevou os preços das ações do setor petrolífero. Os destaques são as ações da BP (+3,2%) e da Royal Dutch Shell (+2,4%). Na sexta-feira (17) o barril havia encerrado o dia cotado a US$ 71,38 na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês).

No setor financeiro, as ações do grupo bancário holandês ING subiam 20,7%. Ontem, o Banco Central da Holanda (DNB) e o Ministério das Finanças anunciaram uma injeção de capital de 10 bilhões de euros (cerca de US$ 13,6 bilhões) na empresa. O ING é o primeiro banco que vai usar parte dos 20 bilhões de euros (cerca de US$ 27,2 bilhões) que o governo holandês, como muitos outros no mundo todo, colocou à disposição das entidades financeiras para enfrentar à situação.

Anteriormente, o governo comprou as atividades holandesas do grupo bancário Fortis no valor de 16,8 bilhões de euros (US$ 22,6 bilhões), em uma operação de resgate deste banco em conjunto com a Bélgica e Luxemburgo.

Ásia e região

Na Ásia e região, os investidores também encontraram ânimo, depois de dias de perdas causadas pelo temor de recessão global, para voltar aos negócios. Bolsa de Valores de Tóquio (Japão), a principal da região, fechou em alta de 3,6%. Também subiram as ações na Coréia do Sul (2,28%), China (2,16%) e Austrália (3,90%).

"As recentes medidas globais [para acabar com a crise financeira] devolveram alguma confiança para os setores bancários na maioria dos mercados", afirmou o analista Kengo Suzuki, da Shinko Securities.

O governo da Coréia do Sul anunciou neste fim de semana um pacote de US$ 130 bilhões em ajuda aos bancos locais. A principal medida do pacote são os US$ 100 bilhões que o governo vai garantir em empréstimos em moeda estrangeiro assumidos pelos bancos coreanos a partir de ontem até 30 de junho do ano que vem. Os demais US$ 30 bilhões serão usados em injeção nos bancos.

A medida sul-coreana se junta aos passos de Estados Unidos e Europa nas últimas semanas para estancar a crise. O governo americano anunciou o uso de US$ 250 bilhões dos US$ 700 bilhões aprovados pelo Congresso no início deste mês para evitar um colapso do setor financeiro. Na Europa, os governos da Alemanha, França, Espanha, de Portugal, do Reino Unido e outros países já anunciaram suas ajudas bilionárias.

Na China, no entanto, apesar do otimismo no mercado, a economia vai dando sinais desapontadores. O Escritório Nacional de Estatísticas do governo anunciou hoje um crescimento de 9,9% entre janeiro e setembro de 2008 --abaixo dos 11,9% vistos no ano passado. Durante o primeiro semestre de 2008, a China tinha registrado um crescimento econômico de 10,4%.

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